65 anos: Longa vida à Universidade Federal do Espírito Santo!

05/05/2019 - 00:59  •  Atualizado 01/11/2022 09:17
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Em 1954, nascia, na capital do Espírito Santo, a Universidade Federal do Espírito Santo, a nossa Ufes.

Nasceu do sonho de muitos brasileiros, em especial dos capixabas, de ver em sua terra a marca do desenvolvimento. Junto ao crescimento do estado, crescia também a Ufes em completa sinergia com as necessidades do Espírito Santo. Dos bancos, carteiras e cadeiras da Ufes saíram vários líderes, empresários, políticos, advogados, engenheiros, enfermeiros, médicos e muitos outros profissionais, que propiciaram a fundação dos primeiros hospitais, dos primeiros grandes empreendimentos e, o mais importante: professores que se espalharam por esse estado com a nobre missão de formar cidadãos e cidadãs. Nestes 65 anos, figuras que se tornaram ilustres nos cenários local, nacional e internacional viveram, lutaram por um país livre da ditadura e amaram este lugar.

Mesmo que o tempo seja uma das poucas coisas não renováveis, que passe por vezes de forma vertiginosa e por outras de forma caprichosa, a Ufes, soberana, resiste neste espaço de liberdade.

O sentimento de pertencimento é a principal marca de sua história intrinsecamente relacionada a esse estado. Por aqui, empresas puderam empregar milhares de trabalhadores e trabalhadoras. De seus aposentados e servidores ativos, parcela significativa de seus salários (que representam pouco mais de R$ 800 milhões de seu orçamento) aquece anualmente a economia capixaba. Isso sem contar os R$ 99 milhões de custeio e capital que contribuem para o pagamento de trabalhadores e trabalhadoras de diversas empresas capixabas que a ela prestam serviço.

Assim, nesses 65 anos, mais de 50 mil estudantes mudaram suas vidas e obtiveram seus diplomas, qualificando escolas, empresas e instituições.  Além disso, mais de 20 mil profissionais obtiveram seus diplomas de pós-graduação, grande parte deles capixabas, impactando significativamente suas vidas.

Seus espaços culturais ativos - teatro, cinema, galerias de arte e museus -, somente nos últimos cinco anos encheram gratuitamente de cultura a vida de mais de 160 mil crianças e adolescentes do estado. Seus alunos, por meio do Diretório Central dos Estudantes (DCE), organizaram importantes festivais culturais, dentre eles o Festival de Alegre, que ganhou importância nacional e levou milhares de pessoas a conhecer aquele município, onde se situa um de seus campi.

As pesquisas realizadas em seus centros de ensino impactam a agricultura de café, mamão e tantas outras culturas, com o desenvolvimento de tecnologias de combate a pragas. No campo da saúde, são diversos diagnósticos em laboratórios de pesquisas só disponíveis na Ufes, além de diversas melhorias a partir de seus mais de 1.500 projetos de pesquisa.

O Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam-Ufes) é considerado o maior da rede pública de saúde do Espírito Santo, tendo em vista o volume de atendimentos. Anualmente, o hospital realiza cerca de 10 mil internações, seis mil cirurgias, 1,5 mil partos, 200 mil consultas ambulatoriais, 15 mil atendimentos de urgência e 250 mil exames laboratoriais de análises clínicas.

Na extensão, são mais de dois milhões de pessoas beneficiadas anualmente por mais 800 projetos que vão da prevenção ao câncer de pele à preservação da cultura em comunidades quilombolas, passando pela atuação expressiva em comunidades gravemente atingidas por crimes ambientais. No Planetário, só em 2018, foram atendidas 30 mil pessoas. 

Imaginar o Espírito Santo nesses 65 anos sem a Ufes seria empobrecer sua história. Imaginar nosso estado sem as histórias que ainda serão construídas na Ufes, é impensável.

Longa vida à Universidade Federal do Espírito Santo!

 

Reinaldo Centoducatte
R
eitor da Ufes

Ethel Maciel
Vice-reitora