Cine Metrópolis: Confira a programação de 13 a 19 de setembro

12/09/2018 - 19:33  •  Atualizado 13/09/2018 11:22
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O Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras, estreia entre os dias 13 e 19 de setembro duas obras brasileiras, além de manter em cartaz filmes que já são sucesso de bilheteria. Há, ainda, a sessão da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema (Abraccine), com debate após o filme. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema por R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia), e estudantes da Universidade têm entrada gratuita. Confira a programação completa abaixo.

Sessão Abraccine – Boi de Lágrimas

A tradicional Sessão Abraccine está de volta ao Cine Metrópolis. Desta vez, a Associação promove o longa maranhense Boi de Lágrimas, dirigido por Frederico Machado. Após a exibição, um bate-papo vai analisar a obra com o público presente, tendo como mediador o professor de Cinema e Audiovisual da Ufes, Fábio Camarneiro.

Boi de Lágrimas é o quarto filme de Machado, que o descreve como uma obra “de horror sobre política e cultura popular”. O longa se concentra em cinco personagens: um homem que é tocador de pandeiro em um grupo de Bumba meu Boi da periferia de São Luís; sua filha, dançarina do Boi, que resolve participar das manifestações políticas que ocorrem na cidade; o namorado da filha, que é um escape para o desejo dela; o amigo da família, personagem que tem sentimentos ambíguos com todos que o circundam; e sua esposa grávida, que aguarda com dor o nascimento do filho.

Filmado durante três dias, Boi de Lágrimas teve custo de 10 mil reais e foi feito como “cinema de guerrilha”, em que a equipe também trabalha como elenco. A distribuição da obra é restrita à Sessão Abraccine e terá exibições somente em cineclubes e cinematecas.

Abrindo o Armário

Documentário sobre conquistas do movimento gay (foto), o filme de Luís Abramo e Darío Menezes usa dezenas de depoimentos e performances para mostrar como gays, drag queens e mulheres transexuais enfrentam preconceitos para construir uma identidade política e social tanto nos centros como nas periferias, nos dias atuais ou décadas atrás, durante a ditadura militar.

Dentre os 16 entrevistados estão a cantora Linn da Quebrada; o ator Ciro Barcelos; o diretor Fabiano Canosa; o atleta de e-sports Gabriel “Kami” Santos; e o escritor João Silvério Trevisan, que compartilham suas experiências pessoais de autoaceitação e preconceito.

Camocim

O filme de Quentin Delaroche mostra a dualidade partidária da cidade de Camocim de São Félix, interior de Pernambuco, em época de eleições. Dois líderes políticos disputam a vaga na Prefeitura, enquanto seus cabos eleitorais organizam toda a campanha na cidade. O protagonismo fica por conta de Mayara Gomes, cabo eleitoral e amiga do candidato a vereador César Lucena. Mayara organiza uma campanha honesta e luta por um futuro melhor para sua cidade e para todos que nela habitam.

Camocim se debruça nos meandros que mantém Mayara longe de escândalos. Durante o processo, a cabo eleitoral toma consciência da dificuldade em participar de uma disputa marcada por hierarquias, compras de votos e clientelismo.

Ferrugem

A trama de Ferrugem, dirigido por Aly Muritiba, gira em torno do uso da tecnologia pelos jovens, bullying e revenge porn. Na história, dividida em duas partes, Tatiana (Tiffanny Dopke) é uma estudante do ensino médio que adora registrar a rotina nas redes sociais e começa a conhecer melhor o colega Renet (Giovanni de Lorenzi). Depois de perder o celular numa viagem com a turma, ela começa a viver o drama de ter o registro de um ato sexual distribuído por todo o colégio pelo aplicativo whatsapp, fato que tem efeitos sobre Renet, leva Tati à difamação pública e gera terríveis consequências.

Vencedor do prêmio de Melhor Filme no Festival de Gramado, este longa promete render debates em escolas e salas de cinema pelo país.

Café com Canela

Primeiro filme dos diretores Ary Rosa e Glenda Nicácio, Café com Canela conta a história de Margarida (Valdinéia Soriano) e Violeta (Aline Brunne), duas mulheres negras de gerações diferentes que moram em cidades separadas por uma ponte. Margarida vive isolada da sociedade após perder o filho e se separar do marido até que Violeta, sua ex-aluna, reaparece em sua vida, iniciando um processo de transformação.

Gravado no Recôncavo Baiano, região com forte influência africana, o filme apresenta a paisagem como uma espécie de personagem na trama.

Benzinho

Dirigido por Gustavo Pizzi, Benzinho retrata a história de Irene (Karine Teles, vencedora do prêmio de Melhor Atriz em Gramado), uma mãe de quatro filhos de classe média que experimenta as mais variadas emoções quando o primogênito, seu benzinho Fernando (Konstantinos Sarris) é convidado a jogar handebol na Alemanha. Irene, então, passará o tempo que resta até a mudança do filho mais velho (menos de um mês) abafando a ansiedade com seus afazeres, como ajudar a problemática irmã (Adriana Esteves, vencedora do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante em Gramado) e lidar com as instabilidades do marido (Otávio Müller).

Benzinho foi rodado em Petrópolis e Araruama, no Rio de Janeiro, teve sua estreia mundial na competição do Festival de Sundance e venceu prêmios na Espanha e em Portugal.

Serviço:

Sessão Abraccine – Boi de Lágrimas (Brasil, 2018, cor, 65’, 14 anos)

Quinta-feira (13), às 19h30 – Sessão com debate mediado pelo Prof. Fabio Camarneiro

Abrindo o Armário (Brasil, 2018, cor, 88’, 12 anos)

Quinta-feira (13), às 17h30
Sexta-feira (14), às 20h
Sábado (15), às 20h
Domingo (16), às 20h
Segunda-feira (17), às 20h
Terça-feira (18), às 20h
Quarta-feira (19), às 20h

Camocim (Brasil, 2018, cor, 76’, 14 anos)

Quinta-feira (13), às 16h
Sexta-feira (14), às 18h30
Sábado (15), às 18h30
Domingo (16), às 18h30
Segunda-feira (17), às 18h30
Terça-feira (18), às 18h30
Quarta-feira (19), às 18h30

Ferrugem (Brasil, 2018, cor, 100’, 14 anos)

Sábado (15), às 16h30
Segunda-feira (17), às 16h30

Café com Canela (Brasil, 2018, cor, 102’, livre)

Domingo (16), às 16h30
Quarta-feira (19), às 16h30


Benzinho (Brasil, 2018, cor, 95’, 12 anos)

Sexta-feira (14), às 16h30
Terça-feira (18), às 16h30

 

Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho