Cine Metrópolis: entram em cartaz os filmes Sueño Florianopolis e A Misteriosa Morte de Pérola

14/11/2018 - 17:08  •  Atualizado 14/11/2018 17:08
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O Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras da Ufes, traz quatro ótimas opções para os amantes do cinema nacional. Entre as estreias estão os filmes Sueño Florianopolis; e A Misteriosa Morte de Pérola. A obra A Cabeça de Gumercindo Saraiva permanece em cartaz, assim como o filme A Última Abolição, que vai ser reexibido em homenagem ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema por R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia), e estudantes da Universidade têm entrada gratuita.

Confira a programação completa:

 

Sueño Florianopolis

Coproduzido por Brasil, Argentina e França (com equipe majoritariamente brasileira), Sueño Florianopolis (foto) conta a história dos argentinos Pedro (Gustavo Garzón) e Lucrécia (Mercedes Morán), separados após 22 anos de casamento, que decidem viajar de férias com seus dois filhos adolescentes para Florianópolis, litoral de Santa Catarina, no verão de 1990. Na estrada, conhecem o casal de brasileiros Marco (Marco Ricca) e Larissa (Andréia Beltrão), com quem dividem momentos, romances e experiências inusitadas em um verão inesquecível.

Escrito e dirigido por Ana Katz, o longa foi escolhido para participar de festivais de cinema, como o Festival de Toronto e o Festival Internacional de San Sebastián, além de ter conquistado prêmios no Karlovy Vary Internation Fil Festival, Prêmio Especial do Júri e Prêmio da Crítica Internacional.

Sessões: Sexta-feira (16), às 18h30; sábado (17), às 17h20; segunda-feira (19), às 15h; terça-feira (20) e quarta-feira (21), às 18h30.

 

A Misteriosa Morte de Pérola

Terror psicológico realizado na cidade francesa de Chalon-sur-Saône, onde o casal de cineastas Guto Parente e Ticiana Augusto (diretores e atores do longa) fez mestrado, o filme nasceu da experiência de morar no apartamento-casarão onde quase todo o filme é ambientado. A trama retrata a história da estudante de artes Pérola (Ticiana) que se muda para a França e, lentamente, perde-se em nostalgia e medo, misturando sonhos, fantasia e realidade. Na segunda parte da obra, seu namorado (Guto) aparece para investigar a morte anunciada no título.

Sessões: Sexta-feira (16), às 17h; sábado (17) e domingo (18), às 16h; segunda-feira (19), terça-feira (20) e quarta-feira (21), às 17h.

 

A Cabeça de Gumercindo Saraiva

O diretor Tabajara Ruas, especialista em épicos gaúchos, trouxe para os cinemas a história da Revolução Federalista, que aconteceu após a Proclamação da República, no final do século 19. O conflito, marcado pelo costume de cortar as cabeças dos inimigos, entrou para a história como um dos mais sangrentos da história do Brasil.

A Cabeça de Gumercindo Saraiva acompanha a trajetória do filho do comandante rebelde Gumercindo Saraiva ao tentar resgatar a cabeça do pai, decapitada por revolucionários legalistas e enviada como troféu ao governador gaúcho Júlio de Castilhos.

O elenco traz nomes conhecidos do grande público, como os atores Murilo Rosa, Marcos Pitombo, Allan Souza Lima e Leonardo Machado.

Sessões: Quinta-feira (15), às 18h; sexta-feira (16), às 15h; domingo (18), às 17h20; segunda-feira (19), às 18h30; e terça-feira (20), às 15h.

 

A Última Abolição

Em homenagem ao Dia da Consciência Negra (20 de novembro), o Cine Metrópolis vai exibir o documentário A Última Abolição, dirigido por Alice Gomes, que aborda o fato de o Brasil ter sido o último país ocidental a abolir a escravidão, fato que se deu apenas em 1888. O filme traz uma retrospectiva detalhada do período da abolição, destacando os movimentos abolicionistas; a resistência escrava; estratégias de luta dos escravizados e dos libertos; o papel das mulheres negras na resistência; as discussões da elite política e cultural do país no período; e a assinatura da Lei Áurea e suas consequências para a população negra do Brasil nos dias de hoje.

Jogando um novo enfoque no tema, a obra busca mostrar que, ao contrário do que foi pregado por livros didáticos e outras vertentes oficiais, não foi meramente a assinatura da Princesa Isabel, em maio de 1888, que libertou os escravos e tampouco tal liberdade foi um presente ou um passo na direção da democracia racial.

Sessão: Terça-feira (20), às 19h.


Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho