Universidade Federal do Espírito Santo
A exemplo do curso de Comunicação Social –Jornalismo, o curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da Ufes também obteve conceito final 4 no relatório da avaliação in loco realizada por avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A mensagem do Sistema e-MEC com o resultado da avaliação foi enviada à Universidade na noite desta quinta-feira, 18.
O conceito possui uma escala que varia de 1 a 5, sendo 5 a nota máxima. Segundo consta no relatório, “considerando ainda os referenciais de qualidade dispostos na legislação vigente, nas diretrizes da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior - CONAES e neste instrumento de avaliação, este Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Espírito Santo, apresenta um perfil MUITO BOM de qualidade, conceito final 4 (quatro)”.
A avaliação foi realizada entre os dias 10 e 12 de dezembro. Durante este período, dois avaliadores visitaram as instalações do curso e verificaram todos os documentos, desde os apensados no sistema e-MEC, até os disponibilizados pela Universidade. A avaliação considerou três dimensões: organização didática-pedagógica; corpo docente e tutorial; e infraestrutura, além de dispositivos legais obrigatórios.
Segundo informações do professor especialista em Avaliação de Sistemas Educacionais e chefe de gabinete da Reitoria, Edebrande Cavalieri, o relatório será avaliado por uma comissão, que atestará sua consistência e coerência. Sendo aprovado, o relatório é encaminhado pelo Inep para a Secretaria de Regulação do Ensino Superior (Seres), que analisará a documentação e pareceres para renovar o reconhecimento do curso. Este processo pode durar de dois a três meses.
Vestibular
A avaliação do curso tem o objetivo de reverter a decisão do MEC quanto à suspensão da oferta de vagas (medida cautelar) para os cursos de Comunicação Social/Jornalismo e Comunicação Social/Publicidade, anunciada em dezembro de 2013. O vestibular para estes cursos foi suspenso devido à pontuação insatisfatória que eles obtiveram no Conceito Preliminar de Cursos (CPC) dos anos de 2009 e 2012.
Na ocasião, um dos argumentos apresentados pela Administração Central da Ufes contra a decisão foi de que o MEC não havia realizado nenhuma avaliação presencial dos cursos. A Ufes argumentou que a nota baixa nos cursos foi provocada principalmente pelo boicote dos alunos à prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), uma vez que essa nota representa cerca de 70% da composição do CPC. Os cursos tiveram por duas vezes seguidas – em 2009 e 2012 - o conceito 2 na avaliação.
Também foram impetrados vários recursos pela Administração Central, com o apoio do Departamento e do Colegiado de Comunicação, junto ao Inep/MEC objetivando a garantia dos processos seletivos para o curso, mas todos foram indeferidos.
A Universidade aguardará a divulgação do parecer final para definir sobre a realização de vestibular para os cursos.
Por Thereza Marinho