Documentário sobre o humorista Mussum é a estreia do Cine Metrópolis no feriado. Confira!

17/04/2019 - 18:38  •  Atualizado 18/04/2019 16:51
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Entre os dias 18 e 24 de abril, o Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras da Ufes, apresenta a estreia do documentário Mussum: o filme do Cacilds (foto), contando a trajetória do músico e comediante Mussum. Os filmes Chuva é cantoria na aldeia dos mortos; Los Silencios; e Sobre Rodas continuam em exibição. O cinema ainda vai apresentar o Cineclube Aldeia, com entrada gratuita.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) e estudantes da Ufes têm entrada gratuita.

Confira a programação completa.

 

Mussum: o filme do Cacilds (livre)

Com direção de Susanna Lira, narração de Lázaro Ramos e trilha sonora de Pretinho da Serrinha, esse documentário de 75 minutos conta a trajetória do músico e comediante Antônio Carlos Bernardes, que deu início à sua carreira ao fundar Os Originais do Samba, em meados de 1960, no qual atuou como vocalista.

Em 1973, juntou-se ao grupo Os Trapalhões, formando o quarteto que revolucionou a forma de fazer humor na TV brasileira. O filme, porém, apresenta o outro lado do artista, como sua responsabilidade com as finanças e a rigidez na educação dos cinco filhos.

Mussum morreu em 1994, aos 53 anos, vítima de complicações ocorridas após um transplante de coração.

Sessões: quinta-feira, 18, às 18h30; sexta-feira,19, às 16h30; sábado, 20, às 17h40; domingo, 21, às 16h30; segunda-feira, 22, às 16h50; terça-feira, 23, às 18h40; quarta-feira, 24, às 16h30.

 

Chuva é cantoria na aldeia dos mortos (livre)

Esta coprodução luso-brasileira é um ensaio sobre a virtude, as tradições e os rituais dos povos indígenas brasileiros da etnia Krahô. A cineasta brasileira Renée Nader Messora e o diretor português João Salaviza gravaram o filme durante nove meses, depois de terem passado uma longa temporada na aldeia Pedra Branca, terra indígena Krahô no Tocantins, onde vivem 3.500 pessoas.

Na obra, os índios interpretam eles mesmos, falando em seu próprio idioma. Rodado em película 16 milímetros, o longa acompanha Ihjãc, um jovem Krahô que, após um encontro com o espírito do seu pai, vê-se obrigado a realizar sua festa de fim de luto.

Ihjãc rejeita esse dever e, numa tentativa de escapar de se transformar em xamã, foge para a cidade. Longe do seu povo e de sua cultura, ele vai enfrentar a realidade de ser índio no Brasil atual.

O filme foi premiado no Festival de Cannes, com o Prêmio Especial do Júri da Mostra Un Certain Regard.

Sessões: quinta-feira, 18, às 20h; sexta-feira, 19, às 18h; domingo, 21, às 18h; segunda-feira, 22, às 20h; terça-feira, 23, às 20h.

 

Sobre Rodas (livre)

Essa obra nacional do diretor Mauro D’Addio aborda a realidade enfrentada por Lucas, um garoto de 13 anos que, após um acidente, fica paraplégico e começa a se adaptar a essa nova vida com o uso da cadeira de rodas. Após um ano afastado por licença médica, Lucas chega a uma nova escola e conhece Laís, uma colega de classe que também enfrenta um drama: não conhece o pai, cuja única lembrança é uma antiga foto rasgada.

Quando Laís decide encontrar o paradeiro do pai, ela chama o amigo para acompanhá-la e Lucas, que acabara de ganhar um aparelho elétrico (que permite que a cadeira de rodas vire um triciclo motorizado), aceita. Os dois amigos partem, então, em uma grande aventura que envolve sustos, descobertas e companheirismo.

Sobre Rodas foi o vencedor na categoria infantil no Festival de Toronto em 2017, tendo sido também premiado no Festival Internacional de Filme Infantil, em Chicago, e na Mostra Geração, no Festival do Rio.

Sessão: quinta-feira,18, às 15h.

 

Los Silencios (12 anos)

Drama nacional dirigido por Beatriz Seigner, o filme foi gravado na fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, e no rio Amazonas. Trata da história de Amparo, que, fugindo de um conflito armado com seus dois filhos Nuria e Fábio, chega a uma pequena ilha no meio da Amazônia.

O pai e uma filha do casal desapareceram em um acidente e não se sabe se estão mortos, se fugiram ou se foram raptados. Tempos depois, o pai reaparece na nova casa e a família passa a ser assombrada por esse estranho segredo.

Los Silêncios mistura misticismo, espiritualidade e crítica político-social aos acontecimentos recentes na América Latina.

Sessões: quinta-feira, 18, às 16h50; sábado, 20, às 16h; segunda-feira, 22, às 18h20; terça-feira, 23, às 17h.

 

Cineclube Aldeia – Ex-Pajé

O filme Ex-Pajé, do diretor Luiz Bolognesi, será exibido durante o Cineclube Aldeia, evento gratuito que conta com debates acerca da obra ao final da sessão.

O longa traz a história de um pajé que passa a questionar sua fé depois de seu primeiro contato com os brancos, os quais alegam que sua religião é demoníaca. A missão evangelizadora comandada por um pastor intolerante é questionada quando a morte passa a rondar a aldeia e a sensibilidade do índio em relação aos espíritos da floresta se mostra indispensável.

Projeto de pesquisa e extensão do Departamento de Ciências Sociais da Ufes com imagens indígenas, o Cineclube Aldeia foi criado em 2017 com o objetivo de promover o debate sobre a questão indígena contemporânea na América Latina.

O projeto é coordenado pelos professores Nicole Soares e Celeste Ciccarone, de Ciências Sociais, e Fábio Camarneiro, de Comunicação Social, além de contar com a participação do antropólogo João Viana.

Sessão: quarta-feira, 24, às 18h.

 

Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho