Ex-aluna da Ufes é destaque internacional na área de Física

01/12/2017 - 17:04  •  Atualizado 05/12/2017 15:53
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A física capixaba Marcelle Soares-Santos estampa as páginas 30 e 31 da edição de novembro da revista Pesquisa Fapesp com uma reportagem intitulada “Caçadora de colisões”. Graduada em Física pela Ufes e com mestrado e doutorado em Astronomia pela Universidade de São Paulo (USP), Marcelle entrou para a história como a única brasileira entre os 16 líderes de grupos de pesquisa que anunciaram na sede da National Science Foundation, nos Estados Unidos, a observação de um fenômeno que pode transformar o que se conhece sobre o Universo.

Quando ainda era estudante de graduação na Ufes, Marcelle Soares-Santos se encantou por um dos fenômenos mais misteriosos da ciência: a energia escura, uma força que forma cerca de dois terços do Universo e é responsável por mantê-lo em expansão acelerada. No curso de Física, a jovem cientista deu início a várias pesquisas sobre o tema que ela continuou a estudar no mestrado e no doutorado.

Mais tarde, a física capixaba foi contratada como pesquisadora pós-doutorando do Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab), um dos mais importantes centros de estudo sobre física de partículas do mundo, em Illinois, nos Estados Unidos. Lá, participa do projeto Dark Energy Survey (DES) que busca compreender a energia escura a partir da observação de supernovas e galáxias. Em 2014, Marcelle Soares-Santos ganhou o Prêmio Alvin Tollestrup, concedido anualmente para a melhor pesquisa de pós-doutorado no Fermilab. Atualmente, além de pesquisadora no Fermilab, Marcelle é também professora da Universidade Brandeis, em Massachusetts.

Perguntada pela revista Pesquisa Fapesp sobre quais os planos para o futuro, a caçadora de colisões é contundente com seu encanto inicial pelo fenômeno da energia escura: “Usar as ondas gravitacionais para saber quanto há de energia escura no Cosmo. Melhorar a detecção da luz de mais eventos, pois o número deve aumentar na próxima rodada de observações e desenvolver uma estratégia de uso da próxima geração de câmeras e telescópios para o mapeamento de galáxias”, pontua.


Leia a revista e a reportagem “Caçadora de colisões” na íntegra em: https://goo.gl/FH9QN7

 

Texto: Lorraine Paixão (estagiária de Comunicação)
Foto: Reidar Hahn/Fermilab
Edição: Thereza Marinho