Reitor esclarece servidores sobre reivindicações da greve

23/07/2015 - 18:07  •  Atualizado 24/07/2015 18:39
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O reitor Reinaldo Centoducatte e a vice-reitora Ethel Maciel receberam na manhã desta quinta-feira (23) um grupo de servidores da Universidade que está em greve desde 28 de maio. Inicialmente, havia sido solicitada uma reunião apenas com a comissão do Comando de Greve, mas o reitor optou por abrir o gabinete para todos os interessados. A reunião foi para tratar de uma série de reivindicações encaminhadas em ofício pelo Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes) no último dia 14 de julho. Os cinco pontos requisitados pelos grevistas foram:

“a) Que a presente petição seja recebida;

“b) Que não haja inscrição de ‘falta justificada’, com o consequente corte de salário, dos técnicos-administrativos que integram o movimento grevista;

“c) Que sejam revistos os atos administrativos praticados em desfavor dos técnicos-administrativos: (...), no curso da greve de 2014;

“d) Que seja retirada a inscrição de ‘código de greve’ e ‘falta por greve’ dos registros funcionais dos técnicos-administrativos grevistas;

“e) Que a inscrição ‘falta por greve’ não ocasione prejuízos de qualquer natureza ao técnico-administrativo grevista.” 

Em resposta, o reitor Reinaldo Centoducatte informou que, no dia seguinte, encaminhou o ofício à Pró-reitoria de Gestão de Pessoas com dois itens:

“1) Analisar a manifestação da petição apresentada pelo Sintufes;

“2) Rever a incidência do código de greve, a fim de não acusar prejuízos aos servidores técnico-administrativos em educação, no que se refere à contagem de tempo de serviço, ainda no período, para aposentadoria, licença capacitação, dentre outros.”

Em relação à insinuação de “corte de salário”, o reitor fez questão de esclarecer que não houve nenhum tipo de corte e informou que já havia enviado memorando à Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep), desde os primeiros momentos da greve, determinando que todos os direitos dos grevistas fossem preservados. Foi inclusive o reitor Reinaldo Centoducatte que apresentou a moção aprovada pelo Conselho Universitário no início de julho para que a Ufes manifestasse apoio ao movimento grevista. 

Quanto aos atos relativos à greve de 2014, foi informado que apenas um dos casos listados pelo Sindicato não havia ainda sido equacionado por questões de “horas faltas” e que, para os demais, já haviam sido solicitadas as mudanças e encaminhamento de providências.

Já em relação ao registro de “código de greve”, o reitor encaminhou à Progep a determinação de que conste apenas para fins de registro no Sistema de Informações para o Ensino (SIE), sem quem isso incida em nenhum aspecto da vida funcional dos servidores.

Os representantes dos trabalhadores solicitaram que o registro fosse feito em sistema à parte ou que não fizesse referência à greve, pois isso poderia prejudicar suas fichas funcionais quando fossem tentar outro emprego. O reitor disse que iria estudar junto à Progep e ao Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) as modalidades possíveis de registro de tal código.

Ao final da reunião, Reinaldo Centoducatte e Ethel Maciel disseram que iriam se empenhar junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para interceder junto o Ministério da Educação e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para que as negociações com os trabalhadores em greve avancem.

Também foi apresentada a comissão indicada pela Reitoria para elaborar junto ao Sintufes um cronograma de reuniões, nas quais serão discutidas as pautas locais do movimento. Fazem parte desta comissão a pró-reitora de Gestão de Pessoas Lucia Casati, o superintendente de Cultura e Comunicação Edgard Rebouças e o diretor do Centro de Artes Paulo Vargas.     

Texto: Edgard Rebouças
Foto: Jorge Medina