Universidade Federal do Espírito Santo
Em sessão solene presidida pelo reitor Reinaldo Centoducatte, o Conselho Universitário concede nesta quinta-feira, 20, às 10 horas, o título de Professora Emérita à docente aposentada Maria Edla de Oliveira Bringuente, do Departamento de Enfermagem e Obstetrícia do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Maria Edla é pioneira na criação do curso de graduação em Enfermagem na Ufes, em 1976, e na organização do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, em 2011. A homenagem é justificada pela sua produtiva trajetória profissional e pela sua vida de dedicação ao ensino, à pesquisa, à extensão universitária e à assistência.
A mensagem enviada ao Conselho Universitário destaca a perseverante e consistente contribuição da professora à Enfermagem no Espírito Santo e no Brasil, e também a sua atuação histórica na graduação e pós-graduação. A professora exerceu suas atividades acadêmicas na Ufes por quatro décadas.
Trajetória
Maria Edla possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestrado em Educação pela Ufes e doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É livre docente pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, da Unirio, e tutora de ensino a distância da Fundação Oswaldo Cruz, no Programa de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem (Profae).
O percurso acadêmico da professora começou na UFF, onde se graduou em Enfermagem em 1963; em 1967, se especializou em Didática do Ensino de Enfermagem na UFRJ; na Ufes, concluiu seu mestrado em 1987, no Programa de Pós-Graduação em Educação, com a dissertação intitulada Curso de Enfermagem da Ufes: Questões atuais e perspectivas. Em seu doutorado em Enfermagem na UFRJ, em 2000, apresentou a tese Estressores vivenciados por pacientes de terapia intensiva e suas estratégias de enfrentamento: um estudo direcionado à assistência de Enfermagem.
Maria Edla de Oliveira Bringuente produziu relevantes contribuições à educação e à saúde pública no Espírito Santo. Conforme ressalta a resolução que aprovou a concessão do título à professora, com o seu pioneirismo, a professora enfrentou muitos desafios em um período histórico de elevadas dificuldades aos empreendedores, gestores e profissionais com atuação na saúde pública. Era uma época – há cerca de 50 anos – em que o estado apresentava baixos índices de desenvolvimento humano e de qualidade vida, com a inexistência de políticas públicas sólidas, sobretudo para a educação e a saúde. Maria Edla é considerada uma referência acadêmica, profissional e ética para várias gerações de profissionais de Enfermagem do Espírito Santo.
Texto: Luiz Vital
Edição: Thereza Marinho