Ufes e Defensoria Pública promovem Cine Debate sobre Lei Maria da Penha

20/03/2018 - 17:31  •  Atualizado 11/04/2018 12:35
Compartilhe

Como parte das atividades pelo Dia Internacional da Mulher – comemorado no último dia 8 – a Comissão Permanente de Direitos Humanos (CPDH) da Ufes e a Defensoria Pública do Espírito Santo promovem um Cine Debate nesta sexta-feira, 23, das 18 às 21 horas, no Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras. Na primeira parte serão exibidos dois documentários premiados: o nacional Quem matou Eloá?, da diretora Lívia Perez, e The hunting ground, de Kirby Dick. Em seguida haverá debate com o tema “Avanços e retrocessos da Lei Maria da Penha”.

Participam como debatedoras as professoras Brunela Vincenzi e Claudia Murta, da Ufes, e a defensora pública Gabriela Larrosa. Brunela, que é presidente da CPDH, adianta que a proposta do evento é o acesso à arte que trata da questão da mulher a partir de histórias reais, e também discutir as ameaças à lei que tem o objetivo de garantir proteção à mulher contra a violência.

“Existem intenções de se promover mudanças na Lei Maria da Penha, como estabelecer alternativas à prisão do agressor quando há situação de conflito”, critica a professora. Outro aspecto, segundo ela, é a retirada do Ministério Público como titular das ações penais, retornando essa condição para as vítimas. “Muitos aspectos da lei ainda não são efetivados, e são essas questões que vamos debater”, completa.

 

Filmes:      

Quem Matou Eloá? (Documentário - 2015)

Em 2009, Lindemberg Alves, de 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada, Eloá Pimentel, de 15 anos, armado, mantendo-a refém por cinco dias. O crime foi amplamente transmitido pelos canais de TV. O filme traz uma análise crítica sobre a espetacularização da violência e a abordagem da mídia televisiva nos casos de violência contra a mulher, revelando um dos motivos pelo qual o Brasil é o sétimo num ranking de países que mais matam mulheres.

 

The Hunting Ground (Documentário - 2015)

O documentário aborda a onda de ataques sexuais em universidades americanas e o esforço de funcionários para encobrir os crimes.

 

Texto: Luiz Vital
Edição: Thereza Marinho