Ufes inicia diálogos para implementação de propostas da I Conferência de Ações Afirmativas

24/06/2019 - 18:51  •  Atualizado 26/06/2019 18:16
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Após a entrega do relatório final da I Conferência de Ações Afirmativas da Ufes à Administração Central da Universidade, realizada no dia 14 de maio, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Cidadania (Proaeci) e o Comitê Político Acadêmico da Conferência se preparam para iniciar o diálogo com os diversos setores com os quais as 80 propostas do relatório têm interfaces, para juntos traçarem ações e estratégias referentes à implementação da agenda afirmativa aprovada nesta 1ª Conferência. O pró-reitor de Assuntos Estudantis e Cidadania, Gustavo Forde, explica que o próximo passo, a ser realizado na primeira quinzena de junho, é o envio do relatório para as unidades da Ufes, para que elas tenham conhecimento prévio do conteúdo; a partir daí, serão agendadas reuniões para que sejam definidas prioridades, prazos e metas.

Essas ações fazem parte da etapa de “pós-conferência” e, segundo o pró-reitor, uma das prioridades do momento é dar visibilidade ao relatório e às agendas que ele propõe. O documento está publicado no site da  Proaeci: proaeci.ufes.br, assim como a agenda afirmativa, que inclui as moções e propostas aprovadas.

Esta e outras matérias são destaque da edição 544 do jornal Informa. Clique no link e acesse o jornal na íntegra.

Grupos

A agenda afirmativa produzida a partir das discussões da Conferência inclui propostas geradas em cinco Grupos de Trabalho (GTs): Políticas de Acesso, Políticas de Permanência; Políticas Afirmativas na Pós-Graduação, Políticas de Currículo e Produção de Conhecimento e Políticas de Formação. Elas foram construídas na perspectiva da sustentabilidade sociocultural, territorial, educacional, científica e tecnológica da população negra, mulheres, pessoas com deficiência, população do campo, quilombolas, população LGBT e indígenas.

O pró-reitor explicou que as propostas são amplas e diversas: “A expectativa é de que boa parte delas seja implementada o mais breve possível, mas algumas exigem um tempo maior, como aquelas que podem implicar em tramitações nos Conselhos Superiores da Universidade, por exemplo”, afirmou Forde.

A diretora do Departamento de Cidadania e Direitos Humanos da Proaeci, Ellen Horato do Carmo Pimentel, ressalta que os documentos são fruto de uma intensa participação de cerca de 70 instâncias acadêmicas e sociais, como grupos de pesquisa, de extensão, entidades representativas de professores, técnicos-administrativos e estudantes, Centros de Ensino, movimentos sociais, coletivos estudantis, programas de pós-graduação, entre outros. “Tivemos, na Conferência, uma multiplicidade de sujeitos, de linguagens e de saberes. Os grupos participaram com muito envolvimento e comprometimento, foi uma construção coletiva, respeitando os múltiplos olhares”, completou Forde.


Texto: Ana Paula Vieira
Edição: Thereza Marinho