Ufes se classifica entre as 500 melhores universidades de países emergentes no ranking THE

18/02/2020 - 16:07  •  Atualizado 01/11/2022 09:21
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A Ufes ficou entre as 500 melhores universidades de nações de economias emergentes no ranking da Times Higher Education (THE), uma das principais classificações do mundo de instituições de ensino superior. Além da Ufes, outras nove universidades brasileiras foram incorporadas pela primeira vez nesta edição de 2020 do ranking.

Na classificação divulgada nesta terça, 18, estão incluídas universidades de 47 países emergentes. Elas foram avaliadas em critérios como ensino, pesquisa, citações, internacionalização e transferência de conhecimento para a indústria, assim como no ranking global da THE, divulgado em setembro de 2019, em que a Ufes foi incluída pela primeira vez entre as melhores do mundo. No ranking global, a Universidade foi incluída na faixa de mais de 1.001 (a classificação é feita em grupos a partir da posição 200).

Para poder ser incluída na classificação, a universidade precisa ter publicado pelo menos 200 artigos acadêmicos por ano nos últimos cinco anos, oferecer cursos de graduação e atuar em áreas de formação diversificadas. Segundo a THE, no ranking de países emergentes, os dados são reconfigurados para considerar as prioridades de desenvolvimento das instituições avaliadas.

A Ufes ficou entre a 401ª e a 500ª colocação, juntamente com outras 14 instituições brasileiras, entre elas a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). No total, 46 universidades brasileiras foram classificadas no ranking.

Os aspectos em que a Ufes ficou mais bem avaliada foram a transferência de conhecimento para a indústria (20º lugar entre as brasileiras, com 36,1% da pontuação máxima) e a internacionalização (23º lugar e 22,4% de pontuação). "São dados que podem abrir portas para ampliar a cooperação internacional e novas fontes de financiamento estrangeiras. Já temos sido procurados pelo menos uma vez por semana para efetivarmos novas parcerias. A participação nesse ranking dá visibilidade à nossa instituição", afirma o chefe da Divisão de Acordos da Secretaria de Relações Internacionais da Ufes, Yuri Leite.

O reitor Reinaldo Centoducatte avalia que esse desempenho está associado ao trabalho, à dedicação e à produção dos docentes, dos técnicos e dos estudantes, além de ser o resultado de ações para a melhoria dos cursos: “Estamos colhendo também os frutos de um planejamento que fizemos no sentido de melhorar os ensinos de graduação e de pós-graduação, superando as debilidades encontradas nos cursos, e ampliar a produção científica e as atividades de extensão. As melhorias e mudanças na gestão também contribuíram para os avanços. Em tempos de escassez de recursos, a Ufes adotou as melhores práticas, investindo naquilo que fez e faz a diferença. Foi uma conquista da nossa comunidade, de um esforço coletivo. Quero agradecer a todos que, mesmo de forma anônima, contribuíram para essa conquista da nossa querida Universidade”.

A vice-reitora Ethel Maciel ressaltou que o resultado é fruto do trabalho de toda a comunidade universitária: “Ainda que haja laboratórios de alto desempenho ou equipamentos de ponta, é necessário que as outras atividades da Ufes estejam funcionando de forma alinhada ao objetivo final, sempre em busca da melhoria da instituição de uma forma global. O trabalho de todos os servidores, independentemente da função que exercem, nos permitiu alcançar esse resultado, demonstrando a excelência do que é realizado continuamente pelas universidades públicas e o potencial de crescimento dessas instituições”.

Ethel Maciel agradeceu ainda à Comissão de Ranking da Ufes, formada por servidores de diversos setores da Universidade responsáveis pela coleta e pelo envio das informações da Ufes.

No resultado geral, entre as dez primeiras classificadas, sete são instituições chinesas, uma é russa, uma, taiwanesa e uma, sul-africana. A primeira colocada é a Tsinghua University, da China. Das instituições brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) é a melhor avaliada (14ª colocação), seguida da Universidade de Campinas (Unicamp, 55ª), da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio, 88ª) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 132ª).

 

Texto: Lidia Neves
Edição: Thereza Marinho
Imagem: Divulgação