'Bio-Construindo uma Vida' é a estreia da semana no Cine Metrópolis

09/05/2019 - 18:06  •  Atualizado 09/05/2019 18:15
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O Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras da Ufes, traz, para a semana de 9 a 15 de maio, a estreia do filme brasileiro Bio – Construindo uma Vida. As obras Horácio, Caymmi – Dê lembranças a todos e La Cama permanecem em cartaz em dias e horários variados.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do cinema por R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) e estudantes da Ufes têm entrada gratuita.

Também nesta quinta-feira, 9, o cinema apresenta uma Sessão Especial com o filme Refúgio, produzido por alunos, ex-alunos, professores e pesquisadores da Ufes. O curta, com exibição gratuita, aborda os processos de mobilidade que envolvem os migrantes e os refugiados, tratando principalmente da chegada dessas pessoas em seus novos lares.

Confira a programação completa.

 

Bio – Construindo uma Vida (14 anos)

A narrativa, um híbrido de ficção científica com documentário, trata da história de um cientista de 111 anos e sua trajetória do nascimento até sua morte. É um falso filme documental que usa de depoimentos de familiares, professores, amigos e amantes para contar a sobre a vida de um cientista que viveu por mais de um século e que tinha uma condição biológica que o impedia de mentir.

O longa, dirigido por Carlos Gerbase, não segue a linha clássica dos documentários, na qual os personagens são entrevistados anos depois, revisitando o passado. Em Bio, os depoimentos são dados na própria época em que os fatos ocorreram. Assim, o filma começa mostrando os pais do cientista em 1959, contando como se deu sua concepção acidental, e termina em 2070, já no fim de sua vida, quando o homem pede para que a família desligue os aparelhos que o mantinham vivo.

O filme traz nomes de peso, como Maria Fernanda Cândido, Marco Ricca, Tainá Müller, Maitê Proença e Sheron Menezzes, e foi premiado nas categorias de Melhor Filme pelo Júri Popular, Prêmio Especial do Júri pela Direção de Atores e Melhor Desenho de Som no Festival de Gramado.

Sessões: quinta-feira, 9, às 16h; domingo, 12, às 16h; segunda-feira, 13, às 17h; quarta-feira, 15, às 17h10.

 

Horácio (16 anos)

Comédia escrita e dirigida por Mathias Mangrin, o filme apresenta ao público uma trama que tem como pano de fundo a criminalidade da cidade de São Paulo e cujo tema principal são as fraquezas e loucuras humanas.

Trazendo o experiente Zé Celso no papel principal, Horácio conta a história de um contrabandista gay de 80 anos que, foragido da Justiça, está escondido em uma cobertura no bairro do Bixiga, enquanto mantém sua filha Petula (a atriz Maria Luiza Mendonça), de 40 anos, presa no quarto, após descobrir que ela delineia um golpe.

Para evitar ser preso, ele planeja uma fuga que parece perfeita ao lado de seu capanga Milton (Marcelo Drummond) – alvo de uma incontrolável paixão do patrão. Milton, no entanto, está apaixonado por uma “loura fatal”, a misteriosa Roberta (Daniela Glamour Garcia), que conheceu na internet.

Sessões: sexta-feira, 10, às 16h30; domingo, 12, às 18h; quarta-feira, 15, às 20h30.

 

Caymmi – Dê lembranças a todos (livre)

Documentário sobre a vida e a trajetória da carreira do cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro Dorival Caymmi, morto em 2008, o filme mostra a Bahia como sua principal inspiração (Dorival nasceu em Salvador, em 1914). Assim, o longa busca mostrar a influência da natureza e das “pequenas coisas da vida” na construção de suas canções.

Um dos filhos do artista, Danilo Caymmi é quem assina a curadoria da trilha sonora, composta por 30 músicas gravadas entre 1955 e 1996. Dentre elas, encontram-se os maiores sucessos do cancioneiro de Dorival, como Acontece que sou baianoÉ doce morrer no mar (com versos de Jorge Amado); MarinaSaudade de ItapuãSó loucoMaracangalha; e O que é que a baiana tem.

Filmado sob a direção dos irmãos Fábio Di Fiore e Thiago Di Fiore, o documentário traz depoimentos de familiares do cantor, como seus filhos Nana, Dori e Danilo Caymmi e sua irmã Dinahir Caymmi, além de amigos e grandes artistas, como Maria Bethânia, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Ângela Maria, Bibi Ferreira, Paulo Jobim e Hermínio Bello de Carvalho. O filme ainda exibe antigas entrevistas, fotografias e imagens da época, ajudando a construir as histórias vividas pelo artista.

Sessões: sexta-feira, 10, às 20h30; sábado, 11, às 17h50; segunda-feira, 13, às 19h; terça-feira, 14, às 17h10; quarta-feira, 15, às 20h30.

 

La cama (16 anos)

Com poucos diálogos, este filme coproduzido por Argentina, Brasil, Holanda e Alemanha conta a história de Jorge, de 60 anos, e Mabel, 59, um casal que decide se divorciar após 30 anos de casamento. Com a venda da casa em que viviam, eles têm as últimas 24 horas sob o mesmo teto e vivenciam a nostalgia, a cumplicidade e a sexualidade que restaram dessa relação.

O filme de Mónica Lairana revela o processo de luto e redescoberta dos personagens durante a separação.

Sessões: quinta-feira, 9, às 18h20; sexta-feira, 10, às 18h30; sábado, 11, às 16h; segunda-feira, 30, às 20h20.

 

Texto: Adriana Damasceno
Edição: Thereza Marinho