Assim como a Ufes, o curso de graduação em História da Universidade também está completando 70 anos de existência. Homenagear aqueles que contribuíram para a construção do curso, cuja trajetória caminha junto à da Universidade, é a premissa do recém-lançado documentário Entre o Ontem, o Hoje e o Amanhã: 70 anos de História na Ufes, produzido pelos estudantes Vinícius Borges e Lucas Spelta em parceria com a Associação Nacional de História (Anpuh/ES).
O documentário (disponível neste link) rememora as sete décadas de história do curso a partir de entrevistas com professores, ex-professores e ex-alunos. Ao todo, 26 pessoas foram entrevistadas durante os dois meses de produção.
Ao longo de pouco mais de 30 minutos de duração, o documentário dá voz a ex-professores do Departamento como Léa Brígida Rocha de Alvarenga e Regina Hess Carvalho, e ex-alunos, como Fernando Achiamé. Também celebra a memória e a contribuição daqueles que já se foram, como Renato Pacheco, Cleber Maciel, Sônia Demoner, Mintaha Alcuri e Luiz Guilherme dos Santos Neves.
Para Vinicius Borges, a produção vai além da homenagem aos profissionais que se dedicaram a construir o curso na Universidade. “É também uma forma de mostrar aos novos estudantes que forem entrar na graduação que não estão entrando em qualquer curso e em qualquer universidade, mas sim no curso de História da Universidade Federal do Espírito Santo”, ressalta o estudante do 8º período.
Construção da memória
A professora do Departamento de História e vice-presidente da Anpuh/ES, Camila Grejo, destaca a importância do curso na construção da memória e das pesquisas sobre o Espírito Santo. “Se hoje há uma produção sobre a história local, desde o período colonial até o presente, isso se deve à criação do curso de graduação em História da Ufes e também ao curso de pós-graduação em História (PPGHIS), que fomentou as pesquisas nessa área”, destaca.
Ainda de acordo com Grejo, o contato com a produção a fez compreender ainda mais a importância da criação do curso. “Como uma professora que veio de São Paulo, achei interessantíssimo conhecer os meandros que levaram à formação do curso em que hoje tenho o privilégio de lecionar. Isso reforçou ainda mais sua importância em tempos de negacionismo e ataques à universidade pública”, enfatizou.
Borges deseja que a produção inspire outros estudantes da Universidade a também produzir narrativas sobre as histórias de seus cursos. “Espero que, além de tudo, este documentário sirva de inspiração para outros cursos, para que também possam contar as suas histórias”, almeja.