Novos estudantes lotam Teatro Universitário para evento de boas-vindas

11/03/2024 - 16:53  •  Atualizado 12/03/2024 12:33
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Cerca de 650 novos estudantes da Ufes aprovados para os campi de Vitória (Goiabeiras e Maruípe) lotaram o Teatro Universitário, na manhã desta segunda-feira, 11, para o evento de boas-vindas para o ano letivo de 2024. A cerimônia contou com a presença do reitor, Paulo Vargas; do vice-reitor, Roney Pignaton; dos pró-reitores de Graduação, Cláudia Gontijo; de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil Gustavo Forde; e de Extensão, Renato Rodrigues Neto, que compuseram a mesa.

Membros da atual gestão, professores e servidores da Ufes também participaram da solenidade, que foi aberta com uma apresentação cultural ao som de cerca de 25 vozes do Coral da Ufes. Sob a regência do maestro Claudio Modesto, os integrantes apresentaram três peças: Muié Rendera, de autoria de Alfredo do Nascimento; The Seal Lullaby, de Eric Whitacre; e Lata d’água, de Luis Antônio e Jota Junior.

Jornada

O reitor lembrou que esta recepção é ainda mais especial devido ao início das comemorações dos 70 anos da Ufes, celebrados em 5 de maio, e, pessoalmente, por ser sua última acolhida na condição de reitor, já que ele deixará o cargo no final deste mês, após quatro anos de gestão. Dirigindo-se aos novos estudantes, Vargas disse que eles iniciam, hoje, “uma importante jornada de desenvolvimento das suas potencialidades e das habilidades, neste universo de oportunidades que a formação acadêmica possibilita”.

Vargas (foto) falou dos avanços da Ufes em temas como inclusão social e promoção da cidadania, da missão da Universidade de assegurar o acolhimento à diversidade e a promoção aos direitos humanos. “Como eu não daria conta de listar todas as vantagens e oportunidades que a Ufes oferece, deixo para que vocês descubram por si sós a beleza e a alegria de ser um jovem universitário, que tem um mundo pela frente e uma oferta múltipla de conhecimentos e possibilidades oferecidos por esta universidade”, finalizou.

Roney Pignaton agradeceu aos estudantes por terem escolhido a Ufes e afirmou que a gestão tem trabalhado de maneira intensa para oferecer as melhores oportunidades de desenvolvimento no ensino superior de graduação. “Somos uma Universidade de excelência, estamos entre as melhores do país na promoção do ensino de qualidade, produção do conhecimento e interação com a sociedade”, ressaltou o vice-reitor.

Claúdia Gontijo afirmou aos ingressantes que a Pró-Reitoria de Graduação irá acompanhá-los durante toda a trajetória acadêmica: “Esperamos que vocês sejam muito felizes aqui e que aprimorem as capacidades que já têm e que passam a integrar a nossa Universidade”. Por sua vez, o pró-reitor de Extensão explicou o que são as ações extensionistas e enfatizou que elas são “uma parte essencial do que significa ser um estudante universitário completo e engajado com o mundo que nos cerca”.

Orgulho

O pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assistência Estudantil apresentou aos ingressantes as políticas de assistência estudantil, de ações afirmativas e de permanência e diversidade da Ufes. “Além dos auxílios, tem outro equipamento de permanência que são os coletivos estudantis. Procurem os coletivos, que são espaços de acolhimento, de proteção, de apoio e são muito importantes para que vocês vivam a universidade de maneira plena”, ponderou Forde.

Ao pedir aos estudantes que ingressaram por meio de cotas que levantassem a mão e perceber a quantidade de estudantes negros e oriundos de escola ública presentes no Teatro, ele lembrou que, há 35 anos, quando ingressou na Ufes, a realidade era outra. “Estamos aqui e isso tem que ser motivo de orgulho de cada um de vocês. Nós queremos vocês aqui, vocês, estudantes negros, pobres, trans, com deficiência são importantes e desejados pela nossa Universidade. Precisamos e queremos vocês”, ressaltou.

Representando os diretores dos centros de ensino, a diretora do Centro de Artes (CAr), Larissa Zanin, se disse feliz por ver o Teatro cheio de expectativas, sonhos e projetos de vida: “Se vocês estão aqui, é porque vocês acreditam que a educação é o melhor caminho possível e acreditam na universidade pública. Se vocês estão aqui, é porque, em algum momento, não desistiram”.

Renovação

Universidade, ciência, tecnologia e inovação: quais os futuros possíveis? foi o tema da aula inaugural, ministrada pela reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) Joana Guimarães (na foto, em pé). Geóloga, mestra em Geoquímica e Meio Ambiente e PhD em Environmental Resources Engineering And Forestry, Guimarães explicou o que são ciência, tecnologia e inovação; contextualizou a história e a filosofia da ciência; apresentou um histórico da universidade no mundo, na América Latina e no Brasil; e analisou as atividades das universidades públicas brasileiras, ponderando suas perspectivas e dificuldades.

Para ela, a chegada de novos estudantes é sinônimo de renovação: “Cada ano que chega um conjunto de estudantes nas nossas instituições, vocês dão um ânimo, um renovar. Vocês são as pessoas responsáveis, ficaremos no futuro que vocês estão construindo. Isso implica que nosso trabalho continua com vocês”. Primeira reitora negra de uma universidade federal do Brasil, Guimarães disse que jamais sonhou chegar ao cargo porque, até pouco tempo, isso era algo impossível: “Mas hoje é possível, já chegou o momento de estarmos aqui também”.

Expectativas

Aos 18 anos, Sabrina Caetano (foto) acaba de ingressar no curso de licenciatura em Química, no campus de Goiabeiras, e disse estar realizando um sonho ao ingressar na Ufes. A escolha  pelo curso se deu por causa do interesse em se tornar professora. “Minha expectativa para este ano é poder aprender mais sobre química, mas também aprender alguns métodos específicos e didáticos que eu possa usar no meu futuro. Além disso, quero carregar o nome da Ufes para o resto da minha vida”, ressaltou.

A nova aluna do curso de Terapia Ocupacional (campus de Maruípe) Juliane Fornaciari, também de 18 anos, escolheu a futura profissão porque considera a área de reabilitação muito bonita por ajudar as pessoas a se inserir e ter mais autonomia na sociedade. “Eu tenho a expectativa de aprender muito e crescer bastante. Sei que os professores vão ser muito bons. A gente se dedica muito para conseguir passar em uma universidade pública e eu escolhi a Ufes por ser essa instituição tão conceituada”, concluiu.

 

Texto: Adriana Damasceno
Fotos: Adriana Damasceno e Mariana Simões
Edição: Thereza Marinho