Compartilhe
Texto: Thereza Marinho
Aos 87 anos de idade, a professora aposentada da antiga Faculdade de Farmácia e Bioquímica do Espírito Santo (Fafabes, posteriormente incorporada pela Ufes) Yone Pedroda Valli, lança seu primeiro livro de poesia “Coisas da Vida”. As poesias são sobre diferentes fases e fatos vividos pela autora, que envolvem aspectos da relação famíliar, da religião e de inconformidades com a injustiça social.
O lançamento do livro será realizado nesta sexta-feira, dia 4, às 18 horas, na sede da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), campus de Goiabeiras).
Yone Valli foi a primeira pesquisadora a se aprofundar nos estudos sobre a poluição na Grande Vitória.
A professora Departamento de Serviço Social, Maria Lúcia Teixeira Garcia, que apresenta o livro, destaca que entender a poesia de Yone é enxergar as diferentes faces de uma mulher em uma época em que estudar era um desafio para a mulher e chegar a um curso superior era uma “ousadia”.
“Estudar era ousar romper horizontes: de sua terra natal, de sua família, de sua condição feminina. Conjugar família, trabalho e pesquisa foi algo que exigiu organização e esforço. Em suas poesias, a autora nos brinda com sua sensibilidade de quem viveu e vive um mundo em veloz transformação”, afirma Maria Lúcia Teixeira Garcia.
A obra
O livro está dividido em três partes. A primeira reúne poesias que falam da fé como um bálsamo em uma vida tumultuada e regrada por desesperança ante a (des)humanidade do cotidiano que insiste em esquecer valores cristãos como amor, solidariedade e vida em comunhão.
Na segunda parte, dedicada ao Amor, Yone lembra que “Poesia não se compra” e que o amor aplaca as lágrimas e as dores que a vida nos impõe.
A terceira parte ficou reservada aos poemas de cunho social. “Que mundo é esse?” é a pergunta que aparece ao longo do registro que os olhos da autora fazem diante da fome, da miséria, do abandono e da degradação que atingem ao homem e ao meio ambiente. “Seu compromisso com o meio ambiente ultrapassa a sala de aula e alcança outra via de expressão da veia da educadora – emocionar e sensibilizar o mundo para a causa da destruição da natureza”, destaca a professora Maria Lúcia.
Texto: Thereza Marinho