Trocar experiências, discutir novas possibilidades e refletir sobre importância da Comunicação Pública como ferramenta de aproximação entre o poder público e a sociedade, numa perspectiva cidadã. É com esse objetivo que professores do Departamento de Comunicação da Ufes participarão do seminário “Os Rumos da Comunicação Pública”, que será realizado na próxima sexta-feira (21), no Plenário Dirceu Cardoso da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), das 9 às 18h.
O seminário é organizado pela Secretaria de Comunicação Social da Ales, pela Comissão de Cultura e Comunicação da Assembleia e pelo grupo de pesquisa e extensão da Ufes, Observatório da Mídia: direitos humanos, políticas e sistemas.
Entre os professores da Ufes que compõem o coro de palestrantes estão Edgard Rebouças e Victor Gentilli (mediadores), Ruth Reis e José Antônio Martinuzzo. O reitor da Universidade, Reinaldo Centoducatte, participará da abertura do evento.
O seminário contará com a presença de profissionais como o coordenador de Jornalismo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Jorge Duarte; o professor da Universidade de Brasília (UnB) Luiz Martins; o ouvidor-geral da União, José Eduardo Romão; e a responsável pelo Departamento de Conteúdos Midiáticos da Câmara dos Deputados, Alessandra Anselmo. Na parte da manhã, eles serão os responsáveis por apresentar os mais recentes avanços sobre o tema. Já durante a tarde, haverá uma troca de experiências em Comunicação Pública locais, desenvolvidas por instituições como a Ufes, a TV Educativa (TVE), a Prefeitura de Vitória e o Tribunal de Justiça.
Interesse público
Sobre o cenário da Comunicação Pública no Espírito Santo, a Superintendente de Comunicação e Cultura da Ufes, Ruth Reis, ressalta a importância desse setor, que segundo ela, cumpre uma importante função do ponto de vista social, trabalhando na produção de informações de interesse público, a fim de que os cidadãos possam atuar e viver em uma sociedade democrática e transparente. Ruth lembra também que cabe aos gestores de comunicação do governo – que inclui profissionais de diversas áreas, como Jornalismo, Publicidade, Rádio e TV e Relações Públicas – a manutenção de veículos de comunicação públicos, como TVs e rádios, que contribuem com a circulação de informações e com a valorização do Estado.
“Outra coisa que precisa ser citada é a presença da Comunicação Pública nas redes sociais. Hoje muitas informações circulam, fluem por dentro dessas redes. Mantê-las abastecidas de conteúdos que tenham a ver com a dimensão da cidadania é muito importante. E quem faz isso é um profissional e um setor de comunicação que tem atuado fortemente e que tem uma importância estratégica cada vez maior nos órgãos públicos”, analisa Ruth.
O evento é aberto ao público e os interessados podem se inscrever por meio do endereço eletrônico
https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dFo2bUZPajhpZXJWUnNCdzVVUXRXeVE6MA
Para os que não puderem comparecer, haverá transmissão ao vivo pela TV Assembleia e online, no endereço: http://www.al.es.gov.br/portal/frmTvAlesSubsite.aspx
Parceria
O coordenador do Observatório da Mídia, Edgard Rebouças, conta que essa não é a primeira vez que o grupo atua junto à Comissão de Cultura e Comunicação da Ales. Em 2011, ambos foram responsáveis por realizar um seminário sobre a Rádio Espírito Santo e a TV Educativa e, em 2012, pelo seminário sobre o Plano Nacional de Banda Larga.
Agora, esta parceria será ampliada, uma vez que o seminário “Os Rumos e o Papel da Comunicação Pública” será o ponta-pé inicial de uma grande ação de extensão do Observatório, que visa realizar uma série de oficinas de capacitação de mídia para servidores públicos não só da área de Comunicação, mas também do Judiciário, no Ministério Público e, possivelmente, do Executivo.
Edgard também explica que a proposta do seminário não se limita ao debate sobre Comunicação Pública, mas se estende à discussão sobre o conceito de “transparência”, que começa a ser estudado por pesquisadores do Observatório. “O mais importante é a sociedade ter conhecimento de que a comunicação é pública, e não de um governo ou de um político. E o profissional também tem que ter claro esse papel. O patrão é o eleitor, o cidadão, não o ‘chefe’. O problema é que boa parte desses profissionais tem origem em empresas privadas e ainda são presos à lógica de que quem paga a conta é quem manda, e não à lógica do serviço público”, finaliza ele.
Para conferir a programação completa do seminário “Os Rumos e o Papel da Comunicação Pública”, acesse o link: http://observatoriodamidia.wix.com/observatoriodamidia#!notícias
(*) Bolsista de Comunicação supervisionada por Thereza Marinho.