Ufes fica em segundo lugar dentre as brasileiras em ranking sobre desenvolvimento sustentável

22/04/2021 - 19:35 • Atualizado 01/11/2022 09:22

A Ufes ficou em segundo lugar dentre as universidades brasileiras no Ranking de Impacto para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) deste ano. A classificação é feita pela Times Higher Education (THE), responsável por alguns dos principais rankings de instituições de ensino superior do mundo. No cômputo mundial, a Ufes se manteve entre as 200 melhores universidades. A THE classifica individualmente até a centésima universidade e, após isso, em blocos de cem países ou mais.

O Ranking de Impacto THE é o único do mundo que indexa as instituições de ensino superior com base nos ODS da ONU para serem cumpridos até 2030 (também conhecidos como Agenda 2030, veja a lista ao final do texto). Os indicadores são calibrados para que possam ser feitas comparações abrangentes e equilibradas, com dados relativos à pesquisa, à extensão e à gestão.

Para participar, as instituições precisam enviar informações relativas ao ODS 17 (parcerias e meios de implementação) e pelo menos três outros ODS escolhidos pela própria universidade. "A Ufes enviou dados sobre todos os 17 ODS, o que envolve mais de 250 indicadores", detalha o secretário de Relações Internacionais da Ufes, Yuri Leite. Além desses dados, a contribuição das universidades também é avaliada com base nos artigos científicos publicados e disponíveis em bases de dados bibliográficas internacionais, avaliados diretamente pela THE.

A primeira instituição brasileira no ranking foi a Universidade de São Paulo (USP), a 48ª na classificação geral. Dentre as 300 melhores, além da USP e da Ufes, estão também as universidades federais do ABC (UFABC) e do Paraná (UFPR), as estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e de São Paulo (Unesp), e a Universidade Nove de Julho (Uninove, particular). No total, 38 universidades brasileiras participaram desta edição do Ranking de Impacto THE, que inclui informações de um total de 1.115 universidades de 94 países.

A pontuação total da Ufes foi de 80,1% da máxima, resultado próximo ao obtido no ano passado (80,4%), quando integrou o ranking pela primeira vez entre um total de 767 participantes. Na edição anterior, a Universidade também ficou entre as 200 melhores do mundo e em terceiro lugar no Brasil, junto com outras três instituições.

Destaques

Os melhores resultados da Ufes em comparação com outras instituições foram a 39ª posição mundial no ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico), a 53ª no ODS 1 (erradicação da pobreza), a 69ª no ODS 14 (vida na água), a 74ª no ODS 4 (educação de qualidade) e a 92ª no ODS 13 (ação contra mudança global do clima). Também merece destaque o ODS 3 (saúde e bem-estar), um dos mais disputados e que abrange uma parte importante da atuação científica no combate à pandemia de covid-19, em que a Ufes conseguiu um escore de 73,7% e que teve um aumento de 20,6 pontos percentuais na produção científica nessa área.

Em relação à publicação de artigos, a Ufes apresentou aumento na produção científica referente ao ODS 2 (fome zero e agricultura sustentável: de 41,9% em 2020 para 58,5% em 2021), ao ODS 3 (saúde e bem estar: de 63,6% para 84,2%), ao ODS 8 (trabalho decente e crescimento econômico: de 38,1% para 62,1%), ao DS 10 (redução das desigualdades: de 47,8% para 78,6%) e ao ODS 16 (paz, justiça e instituições fortes: de 61,1% para 87,5%).

Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufes, Valdemar Lacerda Jr., esse resultado é fruto do comprometimento de toda a comunidade acadêmica. "A Ufes alcançou mais de 1.200 publicações, o que é fruto do esforço conjunto da Administração Central, das direções dos centros, dos coordenadores de programas de pós-graduação e principalmente dos docentes e discentes, que entenderam a importância da publicação em periódicos científicos, e também dos pedidos de patentes, para a inovação". Lacerda destaca, dentre essas ações, a contratação de uma empresa para a tradução de artigos para a língua inglesa, vigente a partir deste mês, visando aumentar a possibilidade de publicação de artigos científicos qualificados em extratos mais altos da classificação Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes).

O diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), Fábio Partelli, destaca que a Ufes tem evoluído em pesquisa graças a um sólido investimento que vem fazendo. "A Ufes tem alcançado excelentes resultados de crescimento acima da média nacional na área de pesquisa, desde a graduação, com a iniciação científica, passando pelo crescimento da pós-graduação e de bolsistas de produtividade. Isso é fruto de um trabalho que vem sendo feito há tempos e que passa, também, pelos investimentos na área, inclusive os do Fundo de Apoio à Pesquisa da Ufes. São ações que ajudam o pesquisador a atuar e a conseguir publicar", analisa.

Agenda 2030 na Ufes

O trabalho de coleta, análise dos dados e envio das informações da Ufes foi desenvolvido pela Comissão de Ranking da Ufes, formada por servidores de diversos setores da Universidade, em parceria com a Comissão do Projeto Institucional Agenda 2030 na Ufes, criado em julho de 2020. O projeto tem o objetivo de identificar e divulgar as ações de sustentabilidade desenvolvidas na Ufes e promover ações que possibilitem a implantação e divulgação dos ODS na Universidade.

"Os resultados deste projeto se refletem no ranking e reforçam o compromisso da Universidade com os ODS e a importância da Ufes como uma instituição que pesquisa, promove e aplica a Agenda 2030, com repercussões nos âmbitos local, nacional e internacional", afirma Leite.

Para saber mais sobre o compromisso da Ufes com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, acesse a página ods.ufes.br.

Conheça os 17 ODS:

1 - Erradicação da pobreza

2 - Fome zero e agricultura sustentável

3 - Saúde e bem-estar

4 - Educação de qualidade

5 - Igualdade de gênero

6 - Água limpa e saneamento

7 - Energia limpa e acessível

8 - Trabalho decente e crescimento econômico

9 - Inovação infraestrutura

10 - Redução das desigualdades