Duas estreias marcam a programação da semana no Cine Metrópolis, no campus de Goiabeiras da Ufes. Entre os dias 23 e 29 de agosto, os amantes da sétima arte vão poder conferir os filmes As Boas Maneiras e Histórias que Nosso Cinema (não) Contava. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Metrópolis por R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia) e estudantes da Ufes têm entrada gratuita.
As boas maneiras
Novo filme da dupla de diretores e roteiristas Marco Dutra e Juliana Rojas, As Boas Maneiras (foto) acompanha a história de Ana (Marjorie Estiano) que se mudou para a cidade grande recentemente, está grávida de seu primeiro filho e precisa de apoio; e de Clara (a portuguesa Isabél Zuaa), uma tímida estudante de enfermagem que se torna a babá ideal.
O longa se divide em duas partes. Na primeira, o público percebe uma atmosfera de tensão sexual entre as personagens, duas mulheres de mundos bem diferentes, e sente que esse clima de atração abriga uma camada de suspense: Ana começa a apresentar comportamentos estranhos e hábitos noturnos que afetam Clara diretamente. A segunda parte tem início alguns anos depois, quando o público conhece Joel (o estreante Miguel Lobo), que, criado por Clara, mantém os hábitos sinistros de Ana.
As boas maneiras é uma fábula de terror e fantasia que também traz elementos de drama, romance e musical. Há no filme influências de obras como O bebê de Rosemary, Possessão e Um lobisomem americano em Londres.
Histórias que nosso cinema (não) contava
Primeiro longa da cineasta Fernanda Pessoa, esse documentário faz um resgate histórico e cinematográfico da ditadura militar no Brasil (1964-1985) por meio de imagens e sons das pornochanchadas, o gênero mais visto e produzido no país durante as décadas de 1970 e 1980.
O filme trata de temas como luta armada, violência do estado, milagre econômico, “a era de aquarius” e a modernização do país com uma abordagem divertida e inusitada, jogando luz em um movimento do cinema nacional que até hoje é visto com preconceito por ser considerado alienante devido à inserção generosa de comédia e sexo.
Para produzir Histórias que nosso cinema (não) contava, Fernanda realizou pesquisas em mais de cem títulos do período e selecionou 30 filmes que, segundo ela, serviriam melhor para retratar aquele período da história. Dentre as obras escolhidas estão A Super Fêmea (1973); Árvore dos Sexos (1977); Cada um dá o que tem (1975); Corpo Devasso (1980); Eu transo, ela transa (1972); e Histórias que nossas babás não contavam (1979), de onde a diretora tirou inspiração para seu título.
Serviço:
As boas maneiras (Brasil, 2018, cor, 135’, 14 anos)
Quinta-feira (23), às 15h10 e 19h20
Sexta-feira (24), às 15h e 19h10
Sábado (25), às 15h50 e 19h30
Domingo (26), às 15h50 e 19h30
Segunda-feira (27), às 15h e 19h10
Terça-feira (28), às 15h e 19h10
Quarta-feira (29), às 17h e 19h30
Histórias que nosso cinema (não) contava (Brasil, 2018, cor, 79’, 16 anos)
Quinta-feira (23), às 17h40
Sexta-feira (24), às 17h30
Sábado (25), às 18h10
Domingo (26), às 18h10
Segunda-feira (27), às 17h30
Terça-feira (28), às 17h30
Texto: Adriana Damasceno
Edição: Ana Paula Vieira