OMS celebra nesta quinta, 24, o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose

24/03/2016 - 10:21  •  Atualizado 24/03/2016 18:08
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) celebra nesta quinta-feira, 24, o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. No Brasil, são contabilizados todos os anos 70 mil casos e quatro mil mortes, números que colocam o País entre os 20 com maiores registros da doença.

Para lembrar a data, o Laboratório de Epidemiologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Ufes realizou durante esta semana palestras e atividades sobre sintomas, formas de contágio e prevenção contra a doença. (Na foto, a equipe do Laboratório com o símbolo da campanha deste ano, "We will end TB", ou seja, "Nós vamos acabar com a tuberculose").

“Passados quase dois séculos de sua descoberta, a tuberculose é a principal causa de morte entre as doenças infecciosas no mundo, segundo último relatório da Organização Mundial da Saúde. A doença nos coloca em igualdade com os piores países para se viver no mundo, mostra a nossa dificuldade em implantar políticas públicas para combater efetivamente este mal. Sem ambientes saudáveis, será difícil eliminar a doença”, destaca uma das coordenadoras do Laboratório de Epidemiologia e vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel.

Ela afirma que a grande dificuldade das estratégias de controle está pautada na transmissão da tuberculose, que é direta, de pessoa a pessoa. Isso porque, ao falar, espirrar ou tossir, o doente expele pequenas gotículas de saliva contendo o bacilo, que podem ser aspiradas por outro indivíduo. 

“A tuberculose afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Os principais sintomas são: tosse seca ou com secreção por mais de duas semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo e prostração; febre baixa geralmente no período da tarde; suor noturno; e emagrecimento acentuado”, explica Ethel.

Tratamento

Atualmente a maior parte dos casos de tuberculose é tratada nas unidades de saúde básica, e não há necessidade de internação hospitalar. Oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento é gratuito, tendo duração de no mínimo seis meses, com tomada diária de medicamentos. Há casos em que o tratamento precisa ser estendido por mais tempo, a depender da avaliação clínica e de resultados de exames laboratoriais.

A hospitalização é indicada somente para casos mais graves, como a tuberculose meningoencefálica, ou para pacientes em situação de vulnerabilidade social (pessoas em situação de rua, alcoolistas ou usuários de outras drogas).

 

Texto: Thereza Marinho