Seminário marca os cem anos do eclipse de Sobral

27/05/2019 - 17:59  •  Atualizado 29/05/2019 18:05
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A Ufes realiza, nos dias 29 e 30 de maio, o seminário 100 anos do Eclipse de Sobral, no auditório do Centro de Ciências Exatas, campus de Goiabeiras. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas, individualmente ou em grupo, por meio do site http://www.cosmo-ufes.org/sobral2019-registration.html.

O Seminário contará com cinco palestras sobre os seguintes temas: O Eclipse em Sobral e a Teoria da Relatividade Geral; Gravitação Pós-Newtoniana e Aplicações; Da revolução dos conceitos de espaço e tempo à Teoria da Relatividade Geral; Cosmologia moderna e futura; Albert Einstein e a Divulgação Científica.

Além das palestras, o evento contará com sessões no Planetário de Vitória, exposição sobre a expedição de Sobral e sessão de observação do céu noturno com telescópio (veja a programação no arquivo anexado abaixo).

“A importância desse evento é comemorar o fenômeno ocorrido na cidade cearense, que comprovou a Teoria de Relatividade Geral de Einstein”, explicou o coordenador do Departamento de Inovação e Divulgação da Ciência da Pro-Reitoria de Extensão (Proex), Laércio Ferracioli.

O evento é realizado pela Proex, pelos programas de pós-graduação de Física (PPGFis) e em Ensino de Física (PPGEnFis), e pelo Programa Internacional de Doutoramento em Astrofísica, Cosmologia e Gravitação (PPGCosmo). 

O eclipse

O centenário do Eclipse de Sobral é comemorado no mundo todo por ter sido usado para comprovar a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein. Segundo o físico, o universo não é plano, e sim curvilíneo, ou seja, a massa do sol provoca distorções no espaço, modificando a trajetória da luz, de maneira que as pessoas veriam os corpos celestes mais distantes, cuja luz passasse próximo ao Sol, como se eles estivessem em posições diferentes daquelas em que realmente estão.

A partir do momento que a lua encobriu a luz do sol, no fenômeno de Sobral, foi possível vislumbrar as estrelas cuja luz passava próximo à borda do sol, e que deixaram de ser ofuscadas por ele devido ao eclipse. Essas estrelas foram vistas como se estivessem em posições diferentes, porque sua luz seguia a curvatura do espaço. No dia do eclipse, astrônomos estrangeiros fotografaram essas estrelas, confirmando a Teoria.

A cidade brasileira foi escolhida para essa comprovação por ser um dos dois locais do mundo onde o eclipse poderia ser visto. No outro local, a Ilha do Príncipe, na Costa Atlântica da África, o tempo ficou parcialmente nublado, dificultando a observação.

 

Texto: Danielle Gonçalves (estagiária de Comunicação)
Edição: Thereza Marinho