Encontro reúne nomes da militância negra capixaba: "Nova página para se pensar a pessoa negra na gestão pública"

06/12/2024 - 16:49  •  Atualizado 09/12/2024 13:15
Texto: Thiago Sobrinho     Edição: Leandro Reis
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Foto da plateia e da mesa de abertura do evento ao fundo

“A partir deste encontro, estamos inaugurando uma nova página para se pensar a pessoa negra na gestão pública.” Foi dessa forma que o secretário de Ações Afirmativas e Diversidade da Ufes, Gustavo Forde, enfatizou a importância do 1º Encontro Estadual de Gestores, Técnicos e Coordenadores Negros do Espírito Santo.

O evento aconteceu nesta sexta-feira, 6, no Campus de Goiabeiras, em Vitória, e contou com a participação de nomes importantes da militância negra capixaba, que atuam ou atuaram também na gestão pública, como a ex-secretária municipal de Cidadania e Direitos Humanos de Vitória Miriam Cardoso.

Além de Gustavo Forde, a mesa de abertura do Encontro contou com a presença da gerente de Educação Antirracista, do Campo, Indígena e Quilombola da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), Aline de Freitas, e da secretária de Cultura do município de Nova Venécia, Cirela de Oliveira.

Também estiveram presentes no evento o diretor da Associação dos Diretores das Escolas Estaduais do Espírito Santo (Adires), Rômullo Rodrigues; a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Ufes (Neab/Ufes), Marluce Lopes; e Ivan Rozario Júnior, representante do Fórum dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Foneabi) do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

Troca de experiências

Um dos pontos fundamentais do evento, segundo Gustavo Forde, é ser um espaço para a troca de boas experiências realizadas por gestores negros – algo que vem acontecendo no Espírito Santo desde a década de 1980, ressalta ele.

“Compartilhar essas experiências fortalece os gestores públicos tanto quanto qualifica as instituições públicas, que cada vez mais são exigidas para caminhar na direção da promoção de uma equidade racial e do combate ao racismo”, destaca.

É nesse sentido que Aline de Freitas enfatizou a importância da reunião como um espaço de discussão da equidade com um viés intersetorial. “Nós estamos fortalecendo a negritude dentro desse espaço de gestão e compreendendo que falar de equidade racial não diz respeito apenas ao que a gente objetiva para a aprendizagem dos nosso estudantes, mas que a gente precisa também olhar para o nosso corpo administrativo e para o nosso corpo de pessoas que executam e que fazem as políticas públicas”, sublinhou a representante da Sedu.

De acordo com Forde, os maiores beneficiados serão aqueles que acessam os serviços públicos. “O maior beneficiado é a sociedade brasileira e a capixaba. Quando nós qualificamos o serviço público, ampliando o seu horizonte para outros grupos sociais, toda a sociedade ganha”, conclui.

Foto: Lucas Campos

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