Excelência internacional do PPG em Política Social é resultado de ação coletiva

28/12/2022 - 10:45  •  Atualizado 30/12/2022 17:47
Compartilhe

O Programa de Pós-Graduação em Política Social da Ufes (PPGPS) está entre aqueles considerados de excelência em níveis nacional e internacional pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação. Isso é o que representa a nota 6 conquistada na última avaliação quadrienal da Capes, referente ao período 2017-2020.

As avaliações dos cursos de mestrado acadêmico, mestrado profissional e doutorado são realizadas uma vez a cada quatro anos. O resultado do último quadriênio foi divulgado em setembro deste ano.

“Alcançar a nota 6 é resultado de uma ação coletiva que envolveu planejamento, ação de docentes, discentes, egressos e técnico-administrativos. Mas também foi fundamental o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), com estímulo aos programas com nota 5 para que alcançassem a nota 6; o aporte de recursos nacionais por meio da Capes, CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e Fapes [Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo]; e de recursos internacionais, por meio do Conselho Britânico”, afirma a coordenadora do PPGPS, professora Maria Lúcia Garcia.

Leia também: Após revisão, cinco PPGs sobem de conceito na Capes. Educação conquista nota 6

Maioridade

O PPGPS, que chegou à maioridade em março, já titulou, ao longo desses dezoito anos de existência, 158 mestres e 25 doutores, e já recebeu nove pesquisadores para pós-doutorado. Atualmente, o programa conta com 43 mestrandos, 30 doutorandos e duas pós-doutorandas. “A missão do PPGPS é a formação discente internacionalizada e a produção do conhecimento de excelência”, destaca Garcia.

Ela conta que a criação do PPGPS foi uma iniciativa articulada pelo Departamento de Serviço Social, com a proposição do mestrado (em 2003) e do doutorado (em 2011), que envolveu também os departamentos de Economia e de Ciências Sociais, visando ampliar possibilidades de formação acadêmica stricto sensu: “Desde sua criação, o PPGPS oferta uma formação crítica em torno da compreensão das múltiplas expressões da questão social e dos fatores e mediações presentes na dinâmica do capitalismo e do Estado na contemporaneidade”.

Compromisso social

A marca principal do PPGPS, segundo Garcia, “é seu compromisso social e político com uma formação de qualidade e socialmente referenciada, que articula uma composição docente de departamentos do CCJE [Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas] e do CCHN [Centro de Ciências Humanas e Naturais], uma composição discente interdisciplinar e uma excelência nos serviços dos técnico-administrativos. Se isso não fosse suficiente, o PPGPS desenvolve ações sistemáticas de extensão que asseguram a inserção local, regional e nacional do programa”.

Outro compromisso “é com a socialização do conhecimento produzido, quer pelas publicações de artigos por parte dos docentes, discentes e egressos, quer pelo periódico científico editado pelo PPGPS que leva o nome de Argumentum e foi o primeiro periódico do Espírito Santo a receber o conceito A1 na Capes”, destaca.

Com essa história, reafirma a coordenadora do PPGPS, “o programa atendeu a todos os quesitos presentes na ficha da avaliação quadrienal da Capes, com destaque para os indicadores de ações de cooperação internacional (in e out), número de discentes estrangeiros, incremento nas publicações em língua estrangeira e investimentos em cotutela”.

Em relação ao número de estudantes estrangeiros, o índice aumentou de 2,6% em 2017 para 7,9% em 2021, quando o levantamento da quadrienal foi efetivamente realizado. Já no que diz respeito à cotutela, a professora informa que os acordos têm proporcionado aos alunos de doutorado a dupla titulação. Nesse momento, há um acordo em curso com a Robert Gordon University, do Reino Unido, que vai mandar um estudante de doutorado para a Ufes e, em contrapartida, receberá um estudante capixaba. Ambos terão dupla titulação.

Investimentos

Sobre o futuro do PPGPS, a coordenadora do programa afirma que as ações, em curto prazo, visam a manutenção da nota 6. “Mas isso envolve ações do PPGPS, da Ufes e mudanças na direção do financiamento da pesquisa e pós-graduação no Brasil”. Ela destaca: “Sob constantes ataques e cortes de recursos, evoluir significa mudar a direção das políticas de educação, de ciência e tecnologia no Brasil. Há, ainda, a necessidade de superarmos as condições de trabalho hoje enfrentadas pelos docentes do PPGPS, marcadas por sobrecarga, o que repercute sobre a vida e a saúde de todas e todos. Ofertar uma formação de qualidade requer condições de trabalho adequadas” afirma a professora.

 

Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho