Universidade Federal do Espírito Santo
A pesquisa Os desafios do acolhimento e permanência dos estudantes negros na Universidade Federal do Espírito Santo, realizada pela servidora técnica Maria Inês Freitas no âmbito do Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE) da Ufes, será apresentada no evento Acolhimento e Permanência do Estudante Negro na Universidade, na Universidade Estadual Paulista (Unesp) - campus de Guaratinguetá, nesta quinta-feira, 10, às 18 horas. O evento, realizado em parceria com o Instituto Baobá, será dirigido a estudantes e técnicos-administrativos da instituição.
O estudo, orientado pela professora Cleyde Amorim, teve como objetivo geral investigar a percepção dos servidores técnico-administrativos em Educação (TAEs) sobre o processo de acolhimento e permanência dos estudantes ingressantes por meio de ações afirmativas na modalidade de cotas raciais na Ufes.
Com fundamentação teórica apoiada em autores como Kabengele Munanga, Nilma Lino Gomes e Bell Hooks, entre outros que abordam a educação antirracista, a pesquisa sugeriu a implementação de programas de capacitação continuada para os TAES, com foco nas questões raciais negras. O estudo também propôs uma campanha para a sensibilização e o início de uma reflexão mais aprofundada sobre questões raciais, apresentando termos e conceitos que incentivam a desconstrução do racismo, especialmente diante da falta de informação sobre o tema, com o intuito de promover um ambiente mais acolhedor e inclusivo.
“A Unesp tem intenção de criar um núcleo a exemplo do Neab [Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Ufes], para tratar de questões afirmativas. Então, neste contexto, os dados e as constatações obtidos por meio da pesquisa podem contribuir para este debate”, afirma Freitas.
