Seminário propõe reconhecimento do congo como patrimônio imaterial nacional

23/11/2021 - 18:17  •  Atualizado 24/11/2021 17:54
Compartilhe

O congo é uma das mais importantes expressões artísticas do Espírito Santo. Em 2014, foi reconhecido como patrimônio imaterial do estado e, agora, o objetivo é que esse reconhecimento ocorra em nível nacional. Para apresentar e discutir essa temática, professores e bolsistas da Ufes realizaram a Pesquisa com vistas ao registro do Congo do Espírito Santo como Patrimônio Imaterial Nacional. Os resultados do estudo serão mostrados a partir desta quarta-feira, 24, no Seminário de Devolutivas de Pesquisa de Identificação do Congo do Espírito Santo.

O Seminário é organizado pela Superintendência do Espírito Santo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-ES). As atividades ocorrem entre os dias 24 e 25, sempre a partir das 14 horas, no canal do Iphan no YouTube. Não é necessária inscrição prévia.

No primeiro dia, será apresentado à sociedade e aos congueiros o estado da tramitação do registro do congo nos livros de patrimônio. Em seguida, serão mostrados os resultados da pesquisa realizada pela Ufes. Para participar neste dia, basta acessar https://youtu.be/RFg3eeYiZI0.

Já no dia 25, a programação continua com a exibição de um documentário sobre sobre o congo, seguido de debate. O link de acesso para participação é https://youtu.be/AC6ngrMlaXE.

Importância do reconhecimento

Coordenada pelos professores do Centro de Artes José Otávio Name e Elisa Ortigão, em parceria com o Iphan-ES, a pesquisa é a mais abrangente realizada sobre o congo no estado. O trabalho, desenvolvido entre 2019 e 2020, deu origem a um dossiê e a um vídeo, que foi entregue ao Iphan para distribuição entre as bandas de congo. A partir desse documento, o Iphan irá tramitar o processo de registro do congo como patrimônio imaterial nacional.

Para o professor Name, o reconhecimento protegerá o congo contra qualquer ameaça à sua continuidade. “Para nós, o preconceito é a ameaça mais presente, e vem na forma de violências verbais e físicas, e danos aos objetos e lugares de devoção das bandas”, afirma.

 

Texto: Vinícius Fontana
Edição: Thereza Marinho