Universidade Federal do Espírito Santo
A Ufes se manteve entre as 500 melhores universidades no ranking de países com economias emergentes da Times Higher Education (THE), uma das principais classificações do mundo de instituições de ensino superior. Essa é a segunda vez que a Ufes participa deste ranking, que conta este ano com a participação de 606 universidades, um aumento de 14% em relação ao ano passado.
Na edição do ranking divulgada nesta terça-feira, 9, a Ufes ficou entre a 401ª e a 500ª colocação, juntamente com outras 12 instituições brasileiras, dentre elas as universidades federais do Ceará (UFC), do Paraná (UFPR) e Fluminense (UFF). Os resultados apresentam uma classificação unitária até a 200ª posição e, a partir da 201ª, são apresentados em grupos.
Esta edição contou com o número recorde de 52 instituições brasileiras (seis estrearam neste ano), das quais 45 são públicas, sendo 34 federais e 11 estaduais. As três universidades do país que ficaram entre as cem melhores subiram de posição. A melhor colocada foi a Universidade de São Paulo (USP, em 13º lugar, uma posição acima do que no ano passado), a Universidade Estadual de Campinas (em 48º, sete posições acima) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ, em 84º, quatro classificações acima).
“É positivo que a Ufes tenha consolidado sua posição pelo segundo ano consecutivo, pois tivemos um aumento no número de instituições participantes, inclusive do Brasil. Assim, figuramos entre as melhores universidades do mundo e do país, num universo grande de instituições de ensino superior”, comemorou o secretário de Relações Internacionais da Ufes, Yuri Leite.
Critérios de avaliação
As universidades foram avaliadas nos critérios ensino (30%), pesquisa (30%), citações (20%), internacionalização (10%) e transferência de conhecimento para a indústria (10%). “A Ufes teve pontuação aumentada no item citações de artigos científicos, o que traduz o esforço dos programas de pós-graduação e da PRPPG [Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação] em desenvolver pesquisas cada vez mais relevantes e impactantes para a comunidade científica e para a sociedade”, afirmou Leite.
Os critérios de avaliação foram os mesmos do ranking global da THE, divulgado em setembro de 2020, quando a Ufes foi incluída na faixa de mais de 1.001 (a classificação é feita em grupos a partir da posição 200), entre as 30 melhores do Brasil.
Para poder ser incluída na classificação, a universidade precisa ter publicado pelo menos 200 artigos acadêmicos por ano nos últimos cinco anos, oferecer cursos de graduação e atuar em áreas de formação diversificadas. Segundo a THE, no ranking de países emergentes, os dados são reconfigurados para considerar as prioridades de desenvolvimento das instituições avaliadas.
Classificação geral
Pela primeira vez desde que esse ranking começou a ser feito, em 2014, as cinco primeiras colocadas no ranking são de um mesmo país, a China. A Universidade de Tsinghua ficou em primeiro lugar. Instituições do Paquistão e da Rússia também tiveram resultados de destaque. Os organizadores ressaltaram as mudanças ocorridas no ensino superior em função da pandemia de COVID-19 e, consequentemente, o ensino remoto e a redução da mobilidade internacional acadêmica.
Texto: Lidia Neves e Sueli de Freitas
