Ufes obtém o registro da quarta cultivar de café conilon

02/03/2021 - 19:19  •  Atualizado 01/11/2022 09:21
Compartilhe

A Ufes obteve o registro da quarta cultivar de café conilon (Coffea canephora), sendo a primeira com foco na qualidade química do grão visando aos ganhos para a saúde e a produção de café solúvel. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A nova cultivar foi registrada no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com o nome Salutar. Trata-se da espécie Coffea canephora Pierre ex A. Froehner (conilon ou robusta), composta por cinco genótipos (Graudão HP, Emcapa 02, Tardio C, Tardio V e Z 37) com auto teor de ácidos clorogênicos totais (CGA) e de sólidos solúveis.

“O ineditismo dessa cultivar é que nós identificamos características químicas do grão cru que revelaram um potencial de maior rendimento para a indústria de café solúvel, assim como a presença de CGA com propriedades antioxidantes, que trazem benefícios para a saúde, como o rejuvenescimento”, afirmou o coordenador do projeto e professor do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), Fábio Luiz Partelli. Segundo ele, numa comparação entre a média de outros genótipos com os da Salutar, o percentual a mais de sólidos solúveis encontrados nos grãos chega a 17%. Já em relação ao teor de ácidos clorogênicos totais, há mais 32% nos grãos da Salutar.

Para analisar a estabilidade e a adaptabilidade dos materiais genéticos avaliados neste estudo, foram utilizados dados de produtividades correspondentes a quatro colheitas (2016, 2017, 2018 e 2019), e para as características químicas, foram duas colheitas (2018 e 2019). O plantio é adequado para o Espírito Santo, o sul da Bahia e o leste de Minas Gerais, em altitude inferior a 600 metros.

Para mais informações sobre a Salutar, clique aqui.

 

Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho