Três estudantes de Publicidade e Propaganda da Ufes ganharam destaque nacional ao vencer o Desafio Universitário Empreendedor Sebrae, uma competição nacional promovida pelo Sebrae em parceria com a Brasil Júnior, representante das empresas juniores brasileiras. Intitulado Uso de Árvores na Diversidade e Inclusão, o projeto vencedor visa abordar questões de sustentabilidade e inclusão social a partir da inovação e do desenvolvimento de produtos com nanocelulose. A premiação ocorreu no dia 14 de agosto.
O Desafio Universitário Empreendedor Sebrae possibilita aos estudantes do ensino superior explorarem suas habilidades empreendedoras e criativas, além de exercitar estas competências a partir de projetos e soluções alinhadas às diretrizes de ESG (responsabilidade social, meio ambiente e governança). Além do destaque e do reconhecimento pelo projeto desenvolvido, a equipe vencedora recebe um prêmio no valor de R$10 mil.
As estudantes Emilia Assereuy, Sofia Brioschi e Isadora Gambarti (foto) souberam do Desafio por meio da Empresa Júnior de Comunicação Social da Ufes, da qual fazem parte, e decidiram se arriscar. Com o apoio da estudante de Engenharia Química da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Julia Brioschi, elas identificaram as possíveis carências do mercado e, juntas, elaboraram um projeto inovador que se adequa às preocupações ambientais e sociais.
O projeto Uso de Árvores na Diversidade e Inclusão busca utilizar a nanocelulose para a fabricação de próteses, muletas, bengalas e cadeiras de rodas, aproveitando as propriedades mecânicas e biodegradáveis desse material. Além disso, o projeto inclui ações sociais direcionadas a pessoas com deficiência que enfrentam desafios financeiros para acessar próteses e equipamentos auxiliares.
O projeto também propõe fomentar a inclusão social por meio de atividades esportivas por meio de ações voltadas para pessoas com deficiência que têm interesse em praticar algum esporte, mas não podem arcar com os custos de uma prótese.
Etapas
Dividido em várias etapas, o desafio envolveu webinars educacionais sobre ESG, desenvolvimento de ideias inovadoras e apresentações curtas - pitch - do projeto. "A etapa mais desafiadora foi a semifinal, na qual precisamos criar o pitch em vídeo. Apesar de contarmos com uma mentoria individual, o prazo de entrega foi apertado, o que exigiu muito esforço da equipe. Para conseguirmos apresentar o vídeo a tempo, utilizamos os recursos da Universidade a nosso favor. Utilizamos o laboratório, o cenário e os equipamentos disponíveis para produzir e gravar para a semifinal", afirmou Sofia Brioschi, uma das integrantes da equipe.
Com o prêmio de R$ 10 mil em mãos, o grupo agora está diante da oportunidade de levar seu projeto ao próximo nível. No entanto, enfrentam mais um desafio: a nanocelulose é uma matéria-prima escassa e de alto custo no Brasil, o que dificulta a aplicação do projeto no momento. Ainda assim, as estudantes permanecem comprometidas com a ideia de executá-lo, gerando transformação social e ambiental no Espírito Santo e, principalmente, potencializando o ecossistema de inovação do estado.
Com informações e foto da Empresa Júnior de Comunicação Social.
Edição: Thereza Marinho