Professor da Ufes fica entre os melhores do Brasil em Ciências da Computação

04/03/2022 - 15:43  •  Atualizado 01/11/2022 09:22
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O professor do Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI) Giancarlo Guizzardi, atualmente em missão na Universidade de Bolzano, Itália, foi classificado em 2021 pelo site Research.com como o 70º pesquisador de maior impacto na Itália e o 3.426º no mundo na área de Ciências da Computação, de acordo com seu índice H5 e número de citações. Se comparado com o ranking de pesquisadores no Brasil, Guizzardi ficaria em 9º lugar.

O ranking se baseia no índice H5 do Google Scholar, que mede os artigos de influência do pesquisador, em conjunto com outros indicadores, como indexação em anais de eventos, financiamentos de pesquisa, número de edições e participação em seus comitês de direção. O professor obteve índice H-46, que indica possuir 46 artigos com, ao menos, 46 citações.

"Guizzardi é professor concursado da Ufes e está afastado para uma temporada na Itália. No entanto, segue atuando no PPGI, o que contribui para gerar oportunidades internacionais para o programa de pós-graduação", afirma a coordenadora do PPGI, Claudine Badue.

O professor ajudou a fundar, em 2006, o Grupo de Pesquisas em Ontologias e Modelagem Conceitual (Nemo) da Ufes, que chegou a contar com cerca de 50 integrantes. Suas pesquisas, na área de Engenharia de Sistemas de Software (incluindo Sistemas de Informação), trabalham com semântica de dados e semântica aplicada a software. De forma interdisciplinar, emprega ontologia formal, lógica, ciência, linguística e inteligência artificial para abordar uma série de problemas cognitivos.

"Tal conhecimento é utilizado, por exemplo, para integrar diferentes bases de dados, construídas de forma autônoma. Precisamos entender o que os dados significam para poder integrá-los", detalha Guizzardi, que fundou um laboratório semelhante ao Nemo em Bolzano e outro na Holanda, na Universidade de Twente.

Para exemplificar a atuação, o professor descreve um caso atual: lockdown e mortes por covid. "Para comparar dados de dois países, é necessário entender como foi o lockdown de cada um e o que cada país computa como morte por covid, que pode envolver as pessoas que morreram com covid ou as que tiveram essa doença como causa primária do óbito e, ainda, os casos que não puderam ser atendidos devido à sobrecarga hospitalar e os de pessoas que faleceram até seis meses após a alta da covid, de enfermidades que podem ser decorrência da covid. Nosso trabalho é extrair o significado do dado, para que as informações possam ser integradas", afirma.

 

Texto: Lidia Neves
Edição: Thereza Marinho