Equipe Solares representa a Ufes no Desafio Solar Brasil, em Niterói

18/03/2022 - 17:34  •  Atualizado 01/11/2022 09:20
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A equipe do projeto de extensão Solares está em Niterói, no Rio de Janeiro, representando a Ufes no Desafio Solar Brasil (DSB), rali anual de barcos movidos a energia solar. O evento começou no dia 16 e vai até 22 de março, com competições diárias na enseada São Francisco (veja a programação em https://desafiosolar.com.br/). Única representante do Espírito Santo, a equipe Solares viajou com 15 integrantes e levou novidades para a edição 2022 do DSB. 

“A gente está com novos painéis de placas [fotovoltaicas] monocristalinos, de potência maior, permitindo carregar as baterias de forma mais rápida e usar mais itens no barco. Também estamos utilizando telemetria – sistema de comunicação – para o público de fora da competição acompanhar, em tempo real, alguns dados sobre o nosso barco como, por exemplo, a posição e imagens do piloto. Há, ainda, algumas mudanças na mecânica da embarcação", informou Kaique de Oliveira Barcelos, gerente do barco e aluno do sétimo período do curso de Engenharia Elétrica.

A equipe capixaba está com boas expectativas para o desafio deste ano. “Em termos técnicos e de desempenho, esperamos ir muito bem. Mas as equipes são muito boas, a competição está acirrada”, afirmou Barcelos nesta sexta-feira, 18, segundo dia do DSB.  

Estratégias

Segundo ele, a equipe trabalha com vantagens e desvantagens no mar. Nesta edição do evento, os barcos do tipo catamarã e do tipo monocasco estão disputando juntos. O barco Poente, nome dado à embarcação da Solares, é do tipo catamarã, que tem velocidade menor do que a dos barcos do tipo monocascos. Por outro lado, o catamarã tem mais estabilidade, principalmente em alto mar. “Conseguimos ir melhor em curvas fechadas. Então a expectativa é desenvolver estratégias que usem essa vantagem de forma que a gente consiga o pódio, o primeiro lugar na verdade. Vamos trabalhar bastante para isso acontecer. E estamos muito confiantes para os próximos dias de prova”, afirmou. 

Considerando os resultados anteriores da equipe, as expectativas de sucesso são boas. Em 2020, a Solares conquistou o vice-campeonato no DSB, realizado na cidade de São Francisco do Sul (SC). O primeiro lugar veio em 2018, na cidade de Búzios (RJ). Antes, em 2017, a equipe já havia ficado em quarto lugar em Angra dos Reis (RJ), naquela que foi sua primeira participação no evento como competidora. 

Além das provas das embarcações, o DSD tem uma extensa programação, que inclui atividades de extensão, exposição, exibição de vídeos e rodas de conversas diárias sobre temas como energia e tecnologia em embarcações; mudanças climáticas e recursos hídricos; importância da educação climática; Décadas dos Oceanos e eventos extremos; uso sustentável dos territórios; e meio ambiente e resíduos.

Projeto Solares

O Projeto Solares também vai além do trabalho com a embarcação movida a energia solar. Coordenado pelo professor Fransergio Leite da Cunha, o Solares atua em cinco áreas: Solar Térmica, Off Grid, On Grid, Solares Social e Barcos. A proposta é ser uma ferramenta de transformação ambiental e social, tornando-se referência no país. 

Atualmente o projeto tem 43 estudantes extensionistas das engenharias Elétrica, Mecânica, Civil, de Computação e de Produção, e dos cursos de Serviço Social, Oceanografia, Economia, Publicidade e Propaganda, Cinema e Audiovisual, Arquitetura, Jornalismo, Psicologia e Design, além de três alunos do curso de Engenharia de Controle e Automação do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e uma aluna do curso de Relações Internacionais da Universidade de Vila Velha (UVV). 

 

Texto: Sueli de Freitas
Fotos: Equipe Solares
Edição: Thereza Marinho