Em busca de realizar um estudo sobre a promoção da internacionalização entre estudantes brasileiros e colombianos, a Ufes recebeu, na última segunda-feira (16), uma comitiva com 10 alunos e cinco professores estrangeiros. A visita faz parte da pesquisa Promoção da internacionalização intercultural por meio da intercompreensão linguística-espanhol, que conta com a colaboração das universidades colombianas Internacional do Trópico Americano (Unitrópico) e Distrital Francisco José Caldas.
A chegada dos estudantes estrangeiros durante a Semana do Conhecimento proporciona aos visitantes experiências enriquecedoras nos âmbitos culturais, sociais e científicos, agregando valor para o estudo em desenvolvimento. Eles têm a oportunidade de participar de diversas atividades durante o evento, como visitas guiadas, projetos de ensino e extensão, pesquisas colaborativas e workshops, além da imersão na cultura e linguagem.
No total, 53 estudantes da Ufes participam do estudo. Dentre eles, 29 se dividem entre as disciplinas Produção e Recepção Oral em Língua Espanhola e Estágio Supervisionado de Língua Espanhola, ministradas pela professora Claudia Paulino, representante brasileira da pesquisa, e 24 são parte do Programa Interno de Bolsas (PIB) da Universidade.
A professora Sandra Ximena, da Universidade Distrital de Bogotá, explica que o objetivo do estudo é desenvolver um espaço de interação entre as duas universidades colombianas e a Ufes, na qual ambas as comunidades linguísticas compartilhem ideias, opiniões e pensamentos. “O que acontece nessa interação é fundamental para tomar decisões com base no processo de aprendizado, ou seja, analisaremos cuidadosamente o que os alunos compartilham durante esse período para delinear conselhos para políticas linguísticas em termos de elementos que afetam o aprendizado de idiomas em uma relação intercultural e interlinguística”, acrescenta.
Aspectos em comum
Aproveitando a natureza em comum dos idiomas estudados, os pesquisadores usufruem dos pontos semelhantes em termos históricos, sociais, culturais e econômicos para verificar a hipótese de que isso facilita o aprendizado de uma nova língua. “No campo da educação comparada (verificar semelhanças e diferenças entre sistemas educacionais de diferentes países) a internacionalização ajuda a aproximar, ou afastar, agentes do campo da linguagem”, conta Claudia Paulino.
Sandra Ximena ressalta o papel da pesquisa em realocar o interesse dos participantes em seu próprio ambiente, tendo em vista que o protagonismo do inglês invisibiliza o fato de que a internacionalização poderia ser estrategicamente desenvolvida entre outros países. “Estamos vivendo o impacto da globalização em todas as instituições sociais, pois a internacionalização parece ser uma necessidade que urge em todos os lugares. Estamos cientes disso e é por isso que propusemos este projeto. Apesar de esse ser um objetivo central, nosso projeto desenvolve um ponto de virada na internacionalização, pois vimos que ela parece estar centralizada na preocupação do inglês como protagonista”, afirma.
Texto: Ana Clara Andrade (bolsista de projeto de Comunicação)
Foto: Secretaria de Relações Internacionais
Edição: Thereza Marinho