Universidade Federal do Espírito Santo
Um trabalho produzido por pesquisadores da Ufes e colaboradores externos à Universidade é finalista da 3ª Mostra de Vigilância em Saúde do Trabalhador do Sistema Único de Saúde (SUS). Intitulado Ampliando o acesso a conhecimentos sobre saúde mental relacionada ao trabalho: uma experiência de formação por meio de cursos em modalidade MOOC, a iniciativa desenvolvida em parceria com a Plataforma Moocqueca concorre na linha temática Educação, Comunicação e Informação em Saúde do Trabalhador.
A premiação acontece de 5 a 7 de novembro, em Brasília (DF). O evento irá reunir as melhores experiências do País para julgamento e premiação pelo Ministério da Saúde (MS). Neste ano, de acordo com o MS, mais de 180 inscrições foram registradas.
"Esse reconhecimento nacional destaca a importância da Plataforma Moocqueca como uma ferramenta inovadora para a formação e disseminação de conhecimento, especialmente em temas críticos como a saúde mental no ambiente de trabalho. Em menos de um ano, o curso ofertado a partir desse trabalho já certificou mais de 1.200 concluintes", destaca o pró-reitor de Extensão, Ednilson Felipe.
Parcerias
O trabalho é coordenado pelos professores do Departamento de Psicologia Social e Desenvolvimento Thiago Moraes e Roberta Alves. A ideia surgiu de um encontro em 2018, com profissionais do Núcleo Especial de Vigilância em Saúde do Trabalhador (Nevisat, da Secretaria Estadual da Saúde) e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest, da Prefeitura de Vitória).
Esse encontro contou também com a participação de demais trabalhadores da área de saúde e trabalho que atuam em organizações públicas e privadas. Posteriormente, as atividades evoluíram para um Grupo de Trabalho (GT), e mais tarde culminaram em um projeto de extensão.
“A gente é muito entusiasta da política brasileira de saúde. É muito gratificante saber que temos destaque nesse movimento”, comemorou Thiago Moraes sobre a indicação ao prêmio.
Disponível desde 2023 na Plataforma Moocqueca e contemplado com a tradução em inglês, o curso foi pensado para ser aberto para quem se interessa pela temática da saúde mental e do trabalho. A ideia era atender a três grupos distintos: profissionais que atuam com essa temática, trabalhadores e estudantes.
“O que nos surpreende de uma maneira muito positiva é que esse curso, ainda que tenha tido esse foco de estudante, foi um curso muito mais assistido e completado por profissionais formados, inclusive com pós-graduação etc”, explicou o professor Thiago Moraes.
Política pública
Para Moraes, esse perfil específico do público que mais procurou e finalizou o curso demonstra a importância do conhecimento que é produzido dentro da Ufes e que está conectado a “uma política pública real e que tem desdobramento na vida das pessoas".
“Essa política de saúde mental e trabalho é fruto de um conhecimento partilhado não apenas na Ufes, mas entre várias outras universidades brasileiras, que sem dúvida nenhuma estão bem sintonizadas com aquilo que há de mais moderno no conhecimento científico da área”, destacou o docente.
Ainda de acordo com Moraes, a torcida é para que o projeto retorne de Brasília premiado na primeira posição. “Sendo premiado, seria muito legal, nesse lugar de visibilidade que o Ministério tem, que ele aproveitasse os seus canais e replicasse o curso, estimulando pessoas de outros espaços e Estados a realizar o trabalho”, projetou.
