Doença falciforme é tema de seminário nacional neste mês. Inscrições abertas

13/10/2020 - 12:56  •  Atualizado 15/10/2020 19:44
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Estão abertas as inscrições para o Seminário Nacional de Doença Falciforme, que será realizado nos dias 26 e 27 de outubro e abordará o tema Avanços e desafios na rede de atenção à saúde. O evento tratará de questões relacionadas à convivência com a doença falciforme da infância até a vida adulta, a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas e os desafios da rede de atenção à saúde no atendimento aos pacientes.

O seminário faz parte das ações do projeto de extensão Formação de Núcleo Estadual de Educação Permanente em Doença Falciforme, do Departamento de Enfermagem da Ufes, e tem a parceria do Hemocentro do Estado do Espírito Santo (Hemoes), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). 

O evento será realizado na modalidade on-line, e as inscrições para submissão de trabalhos podem ser feitas até 15 de outubro. Para quem vai participar como ouvinte, as inscrições vão até 25 de outubro. Mais informações estão disponíveis no perfil do Núcleo Estadual de Educação Permanente em Doença Falciforme/Ufes no Instagram (clique aqui para acessar).

Direito à saúde

Durante o evento, especialistas de todo o país debaterão ações que visam amenizar a problemática do convívio com a doença falciforme no Brasil e reforçar o cumprimento do direito à saúde para as pessoas diagnosticadas com a doença (veja a programação abaixo).

“Há ainda muito a ser feito no campo das políticas de saúde para garantir os direitos dessas pessoas, a começar pela necessidade de dar maior visibilidade à doença, combater o racismo institucional, entre outras ações importantes para o alcance da assistência integral à saúde desta população específica”, destaca a professora, coordenadora do projeto de extensão da Ufes e presidente do evento, Luciana de Cássia Nascimento.

O último dia do evento, 27 de outubro, vai coincidir com o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme. Nessa data, várias ações de esclarecimento, informações de diagnósticos e campanhas educativas são realizadas em vários países. O objetivo é conscientizar e debater o assunto com a população.

Hereditariedade

A doença falciforme, segundo informações do Ministério da Saúde, é uma doença hereditária caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.

Os principais sintomas da doença falciforme são anemia crônica, icterícia (cor amarelada na parte branca dos olhos), mãos e pés inchados, muita dor nos punhos e tornozelos (frequente até os dois anos de idade) e crises de dores em músculos, ossos e articulações. Quando as crises dolorosas causadas pela doença são frequentes, é necessário acompanhamento médico. Já as crises com intensidade leve podem ser tratadas em casa, com analgésico e ingestão de bastante líquido. Em caso de febre, pode ser indício de inflamação e o médico deve ser procurado para avaliação.


Programação:

Dia 26/10

 - Das 19h30 às 21h - Conferência de abertura Doença falciforme: avanços e desafios, com a professora do Departamento de Pediatria da Ufes Cecilia Maria Figueira

Dia 27/10

- Das 8 às 10h - Mesa-redonda Abordagem integral à pessoa que convive com a doença falciforme: uma abordagem multidisciplinar

- Das 10 às 12h - Mesa-redonda (Con)viver com a doença falciforme: da infância à vida adulta

- Das 12 às 14h - Apresentação de trabalhos

- Das 14 às 15h - Mesa-redonda Qualidade de vida no contexto da doença falciforme

- Das 15 às 17h - Mesa-redonda Doença falciforme: conquistas e perspectivas

- Das 17 às 18h - Encerramento com a professora da Ufes Luciana de Cássia Nunes Nascimento

 

Texto: Jorge Medina
Edição: Thereza Marinho