Neste Dia Mundial da Ciência pela Paz e o Desenvolvimento, celebrado em 10 de novembro, a Ufes tem muito a comemorar. Ao longo dos seus 67 anos, a Universidade vem apresentando inúmeras contribuições para o desenvolvimento científico em prol da sociedade.
Alguns feitos mostram esse potencial da federal capixaba. No decorrer de 2020, com o avanço da pandemia de covid-19, foram várias as pesquisas envolvendo o novo coronavírus. Além de ter sido contemplada em edital para projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) destinados a ações efetivas para o enfrentamento à covid-19, a Universidade fez a sua própria Chamada de Propostas de Projetos e Ações de Pesquisa, Inovação e Extensão para o combate da doença.
Mesmo durante a pandemia, a Ufes não interrompeu suas pesquisas e manteve 7.918 projetos de pesquisa, dentre os quais 669 foram criados em 2020, sendo 109 relacionados à pandemia. O número de programas e projetos de extensão chegou a 830, em 2020, sendo 137 relacionados ao novo coronavírus.
Neste ano, a Ufes foi destaque na etapa estadual do Prêmio do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) de Ciência, Tecnologia e Inovação – Professor Francisco Romeu Landi. Dos 23 pesquisadores e profissionais de comunicação classificados, 15 são da Universidade. Os prêmios foram alcançados em todas as áreas de conhecimento: Ciências da Vida (Ciências Biológicas, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde), Ciências Exatas (Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Tecnologia), Ciências Humanas (Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Artes, Letras e Linguística); pesquisador inovador nas subcategorias Setor Empresarial e Setor Público; e profissional de Comunicação.
Destaques mundiais
Na área agrícola, a Ufes está dentre as instituições que mais realizam pesquisas sobre café conilon no mundo, destaca-se em pesquisas sobre pimenta do reino e recebeu prêmios com pesquisas sobre romã.
No Ranking QS América Latina 2022, que valoriza a realização de pesquisas e citações de artigos científicos, a Ufes subiu duas posições em comparação com a edição passada e ficou em 111º lugar na região e em 29º entre as brasileiras. A Universidade também se destacou no ranking realizado pelo sistema Alper-Doger Scientific, que considera a análise do desempenho científico e o valor agregado na produtividade científica. No total, foram ranqueados 45.303 pesquisadores de 1.038 universidades em 28 países. O resultado apontou que a Ufes tem 37 pesquisadores entre os mais produtivos da América Latina.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Valdemar Lacerda Jr., lembra que a Ufes, ao longo de sua história, vem contribuindo com a sociedade por meio de diversas pesquisas científicas e desenvolvimento de novas tecnologias. “Podemos destacar o alinhamento de pesquisas com desenvolvimento tecnológico na área do petróleo, no qual o Espírito Santo é o segundo maior produtor do Brasil, com dezenas de artigos científicos publicados em periódicos internacionais de alto impacto e depósito e concessão de várias patentes envolvendo o tema”, cita.
Ele também destaca o protagonismo da Universidade na Rede Rio Doce Mar (RRDM), que teve seu início efetivo em 2018 por meio de acordo de cooperação técnico-científica firmado com a Fundação Renova para a execução do Programa de Monitoramento da Biodiversidade Aquática da Área Ambiental I - Porção Capixaba do Rio Doce e Região Marinha e Costeira Adjacente (PMBA). “A execução deste programa, que tem a coordenação institucional da Ufes, conta com a colaboração de mais de 550 profissionais, dentre eles, aproximadamente, 330 pesquisadores vinculados e/ou associados a 26 instituições de ciência e tecnologia públicas brasileiras. Durante este período, inúmeras produções científicas foram geradas, além de tecnologias que contribuem para o desenvolvimento neste tema”, afirma.
“Também recentemente, pesquisas realizadas pela Ufes vem se destacando no âmbito regional e nacional no combate à covid, como o desenvolvimento de testes com preços acessíveis, entre tantas outras”, reforça.
Conferência da Unesco
O Dia Mundial da Ciência pela Paz e o Desenvolvimento foi criado na 31ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2001. A data “destaca o papel importante da ciência na sociedade e a necessidade de envolvimento de um público mais amplo nos debates sobre as questões científicas emergentes”, afirma a UNESCO. O tema deste ano é "Building Climate-Ready Communities" - Construindo Comunidades Prontas para o Clima.
Texto: Sueli de Freitas
Edição: Thereza Marinho