Curso de Fonoaudiologia realiza evento sobre cuidados integrados no câncer de cabeça e pescoço. Inscrições abertas

26/06/2024 - 15:03  •  Atualizado 26/06/2024 18:40
Texto: Thiago Sobrinho     Edição: Thereza Marinho
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Cartaz de divulgação com informações sobre o evento

O curso de Fonoaudiologia da Ufes realiza em julho, mês que marca a conscientização mundial sobre o câncer de cabeça e pescoço, o evento Julho Verde: avanços e cuidados integrados em oncologia. Com palestras ministradas por profissionais da área da saúde, o evento é aberto ao público e será no dia 12, das 8 às 17 horas, no Auditório Rosa Maria Paranhos, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), campus de Maruípe, em Vitória.  

Pessoas interessadas em participar podem se inscrever por meio deste link. A taxa de inscrição custa R$ 10.

O evento é organizado pela Liga Acadêmica de Deglutição e Disfagia (LADD) e pela Liga Acadêmica de Fononcologia (Lafonco). A professora e chefe do Departamento de Fonoaudiologia, Elma Heitmann, explica que a programação do evento é multidisciplinar e abordará diferentes assuntos.

“Haverá um bloco pela manhã e um bloco à tarde. Serão palestrantes e moderadores profissionais da equipe multidisciplinar que atua no manejo com o paciente com câncer de cabeça e pescoço, falando de diferentes temáticas”, destaca.

Sobre a campanha Julho Verde, a professora aponta que o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que surjam quase 40 mil casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil em 2024. “Incluindo os cânceres de cavidade oral, tireoide e laringe. Os cânceres de cavidade oral e laringe são mais frequentes no sexo masculino. Já o de tireoide é mais frequente em mulheres”, ressalta.

Para Heitmann, a campanha Julho Verde intensifica o alerta sobre a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço, cuja cura pode chegar ao índice de 90%, se diagnosticado e tratado precocemente.

“É preciso que esta informação seja disseminada na Universidade, para que os alunos da saúde, em sua formação acadêmica, tenham este conhecimento e em suas práticas reconheçam com mais facilidade os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes. Além disso, iniciar na Universidade o entendimento da interprofissionalidade é já se formar com a mentalidade da prática colaborativa na atenção à saúde”, enfatiza.

Segundo Elma Heitmann, outro ponto positivo da campanha é chamar a atenção para a população sobre o diagnóstico precoce de câncer. “O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura”, explica.

Fatores de risco

A chefe do Departamento de Fonoaudiologia ressalta que os principais fatores de risco são o fumo e a bebida alcoólica. “Mas nos últimos anos tem se destacado o aumento da incidência de câncer de orofaringe em pacientes que não bebem e não fumam, mas são HPV positivo”, acrescenta.

Além de ressaltar a importância da prevenção, Heitmann informa quais são os sintomas mais comuns e que não devem ser ignorados em relação ao câncer de cabeça e pescoço: "ferida na boca que não cicatriza em até duas semanas; dor na boca que não passa (comum em fases mais avançadas do câncer); dor de garganta que não melhora em 15 dias; dificuldade ou dor para engolir, sensação de que alguma coisa está presa na garganta, alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias, dor de ouvido, pigarro ou tosse, dificuldade para respirar e aparecimento de nódulo no pescoço, entre outros", complementa a professora.

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